Não sei te contar o que acontece comigo...
Invento todos os mistérios do mundo só para decifrá-los.
Vivo bem mais os desejos de desfrutar o anoitecer, a aurora, as coisas do mar e do vento.
Nunca mais vou ter um momento de vida tão grande como esse...
Meus dias se tornaram o constante ir e vir de um pêndulo num relógio.
Os livros já não são meus companheiros, nem tenho mais o papel como desafio... E as melodias das canções já não me entregam aos céus....
Tudo parece parado.
Só meu corpo não parou.
Parece ter se entregado às multidões e delas se utilizado para mover-se...
Tenho estado em constante introspecção do vazio que agora me acomete.
Eu não sou nada, mas me pego lutando...
Desafio tudo que sou, e mesmo o que está a minha volta.
Sempre fui assim!
Nada do que sou importa, tudo o que vivi importou, e tudo que vou me tornar é sempre mais importante do que sou.
Estou só...
Sem me surpreender, nunca me pareceu viver dentro do mundo, e nem nunca supus existir dentro do coração de outras pessoas. Talvez eu tenha que me preocupar com isso no futuro.
Minha vida tem sido dirigida, e eu não gosto de seguir outras direções que não as minhas.
Chego a pensar que nas minhas meditações eu não sinto amor...
Sinto que o vazio se torna maior e chego a me perder...
Nada do que existe importa, porque eu não quero continuar sendo guiada...
Quero me sentir perdida na noite, onde eu nunca tenha estado.
Em vista de tudo o que aconteceu sinto uma necessidade de sublinhar isso.
Vejo que há uma transição, e já que não há a quem contar, e por não ter cúmplices, traduzo e pormenorizo tudo que se passa em mim.
Durmo pensando e na minha cabeça variam figuras.
Tudo está em constante mudança e é como uma familiar mudança de prismas.
Incompreensão vem como uma decorrência normal e construtiva.
O amor tomou um aspecto tão grande que eu já não sei mais o que ele pode fazer ou até onde ele possa ir...
Tão calmo, apesar de tanta discórdia.
Eu como um todo, família como partes.
Família como um todo? Eu dividida?! Não sei me abrir... Não tenho as chaves...
Embora eu esteja me reconciliando com o mundo, nada disto tem sentido, por não conseguir ver o outro lado de tudo.
Viagem pela amizade... Quem sabe abre-se mais uma porta?
Beleza é poder ter alguém do nosso lado...
Viver o dia-a-dia tão sem graça, tão monótono e pedante.
Vira o dia e é a mesma coisa...
Mas exclamo a propriedade e a confiança de ter sempre o outro dia...
Filósofa do novo século? O.o'
ResponderExcluirRealmente mt interessante o texto.
Gostei de verdade...
Mt inteligente.
Já tem um fã! rs
Bjos