terça-feira, 15 de dezembro de 2009

... até quando...?!

Aos poucos a sua energia vai acabando
E as saídas a sua volta vão se fechando
Você sempre age de um jeito indiferente
Não sabe as conseqüencias desse jeito incoerente

Vive dizendo que irá mudar
Mas não faz nada a não ser continuar
Na vida você quer se acomodar
Que tipo de triunfo quer esperar?

Só quer pensar em se divertir
Se não tomar uma atitude só vai se ferir
Tem que mudar se quiser prosseguir
Desse jeito você não vai progredir
Então levanta, se esforça e grite para o mundo todo ouvir...

Mudança!
É preciso pra continuar
Mudança!
Acredite que irá mudar
Mudança!
Faça isso sem exitar!

Até quando vai viver assim?
É preciso mostrar que está afim!

Se arrepender não vai fazer que consiga ver o que irá perder
Se não lutar, se não acreditar
Não vai da pra voltar
Nem recomeçar

Então abra os olhos e olhe ao redor
Quanta gente quer ver você melhor
Então mude e mostre que é capaz
De vencer, de viver...

Mas não vai acontecer
Se não se desfazer
Dos laços que corroem e aos poucos te destroem

Então dispense a preguiça e reconstrua a vida...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Esteban Tavares - Muda

A falta de visão que nos levou a tudo isso,
foi tão difícil de se acostumar...
Só quero olhar para frente e esquecer você,
saber o meu lugar.
Em outros dias em tempos atrás,
eu me vi tão perdido entre
as cartas que você deixou...
Lembranças que o tempo apagou.
E se você não quiser, ouvir...

As canções já não me dizem mais nada,
poderiam dizer...
Preciso te lembrar como tu era no início
era um vício difícil de deixar.
Procuro em tanta gente um espelho teu,
não vejo nada, não vejo nada..

Tentando ser o que eu não era mais,
Eu me vi escondido em um mundo
que você criou;E nunca mais voltou para me libertar.
E eu que não sei, aonde chegar, já caminhei tanto pra encontrar.
E eu que não sei, como te falar já escrevi tanto pra cantar.
Mas se você não quiser, ouvir...

As canções já não me dizem mais nada.
Poderiam dizer teu nome.
Poderiam dizer você.
Poderiam dizer teu nome...
Poderiam dizer você.
Poderiam dizer...
Poderiam dizer...

sábado, 5 de dezembro de 2009

Engraçado

É engraçado como o tempo mudou juntamente com o meu humor...

agora está frio... depois do calor insuportável que vinha se sucedendo...
é..talvez seja um alívio...

Quando o céu vai parar de lamentar? :s
Mas mesmo 'chorando' ele parece não estar triste =]



(pensamentos incoerentes de alguem que não vive mais pro futuro)

sábado, 21 de novembro de 2009

Sábado..cabo..karen..avó...tchau :s

Hj... kaka ta indo pra avó..
e eu na ksa dela.. O_o'

LOL..
kkkkkkkkk

esperando a kellybguiça e o xuan xD~
com a tiaaa.. (aah a tia..rs faz de tudo pra naum me deixar sozinha.. huhu)

Abandonada pelos meus pais :s
(falou a criança de 5 anos)
e mt mt calor pra sair pra procurar os outros amigos.. afinal..nem sei onde eles estão..

ou seja.. uma tarde vendo seriados no pc das meninas.. até a kaka entrar na net na avó dela e ficarmos no msn e orkut até ela ir no show do Rafah!

Bemm Rafaaaah bom show pra vc guri! F292 mané! xD~

bjos pro povo.. e se alguem achar meu cabo.. me avisaaaaa..to sem celll :S

sumiu aki na ksa das meninas.. LITERALMENTE, naum achamos em canto nenhum!!!!!!!!
Juuaaaan q esteja com vc aonde vc estiver *-*

bjs
Glekkkkkkkkkkkkkkkkkk.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

a Prova!

aaaaaaa genteeeeeeeee...

como eu comentei q ia fazer a prova e naum estudei e blah blah blah..

venho declarar oq se sucedeu.. (uia..palavra dificil me excita *-* .. se eu naum errei neh O_o' ..a foda-se! xD~)

Tipo.. jah tava perdida pra ir pra prova..
um amigo da facul (Pedro e Thiago) naum eh dupla sertaneja O.o apesar de sempre andarem juntos..ahsuahsauhsa
eles me colocaram dentro da combi.. q nem criança! Tipo, q nem criança MESMO!
Pediram até pro motorista me deixar na frente do Detran! -.-'
raxa minha cara! hsuahsuahushas
mas foi fofo *-*

Aaaaaaai blz.. ri com o motorista.. mlk mó gente boa..virou meu parceiro (ta bom.. viajei um pouco.. mas voltando..rs)
Me deixou em frente! (obviamente)

subi as escadas como... nevosaaaa...tremendo.. mas firme! (isso eh possivel? O.o)

fiz o teste.. terminei em menos de 3 minutos.. o cara mandou eu revisar..ele me fez revisar 3 vezes.. e eu naum alterei nada. se tivesse errado q se foda..menos uma barbeira na rua atropelando gente inocente (ou as vezes nem tanto..) maaaaaas qnd ele deixou eu finalizar.. (10 minutos dps d'eu ficar insistindo.. axu q era pq ele tava olhando pro meu decote ¬¬) eu finalizei..

adivinhaaaa...

EU PASSEEEEEEEEEEEEEEEEEI \O/

naum soh passei.. eu GABARITEI.. tem noção???? O_O'

eu fiquei pasmaaaaaa..
dei até um beijo no rosto dos dois carinhas q tinham aplicado a prova e tinha me dado o resultado..HSAUHSAUHS
eu sai pulando..esqueci completamente a dor no pé (naum q ela naum tenha lembrado sua existencia dps..)

nhaaaaa *-*


e claro..pra quem naum sabe.. gabaritar significa acertar todas as respostas (diferente do q minha mãe pensa.. naum eh por uma unica letra em todas as respostas..) hsuahsuhaushashuhsaHSHuhsahsUHSUhsuAHShsuHSUhas


bjaum gente! ;D

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Hoje...

Tenho prova hj... não estudei... to fudida...
Não sei chegar no lugar onde eh a prova.. novamente to fudida...
alguém quer fazer uma reza braba ai a meu favor naum?? rs
ao menos pr'eu não me perder :s

oq naum eh difícil T_T

se eu me achar.. LOL.. eu vou ver a kellynguiça mais tarde \o/
e passar no médico ¬¬ ..espero q ele naum venha com akela de engessar meu pé de novo Y_Y
ai.. quero novidade... alguém me arruma algo novo? :)

aaaiiin.. melhor eu parar de escrever nessa budega e tentar ler algo a respeito da prova.. será q eu consigo??
pelo menos 5 minutinhos neh? =/

Affoow.. quem diria q eu estaria na faculdade a essa hr..sendo q minha aula eh soh daki a 1:30hrs xD ~

to virando mocinha \o/? hihi

sério.. to indo..tenho q parar..
me para.. -.-'
caralh... O.o
tchau! ^^

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pensamentos meus pra mim msm...

Queria saber dizer por que as pessoas são tão cruéis às vezes...
Acho que sem perceber conseguem machucar tão fundo que qualquer mortal acreditaria ser impossível de alcançar...
Mas acredite... é possível.
Como eu sei?
Já ouviu falar em experiência própria?... pois é...

Eu sempre penso que eu sou a culpada,
E talvez de fato eu seja.
Só queria saber como evitar isso...
Já não agüento mais chorar escondido, disfarçando a cada sinal de que alguém poderia ver...
Quantas e quantas vezes eu já quis, já falei e já escrevi (inclusive aqui) que eu gostaria de voltar no tempo, voltar a ser criança... sendo que gostaria de lembrar de tudo que aconteceu até então...e muitas outras vezes gostaria de esquecer de tudo!

Já devo ter falado também que mudo de idéia rápido de acordo com os meus sentimentos... bem, se não falei, acho que agora ta mais do que nítido isso, não é?

Já que eu tenho plena consciência (ainda) de que não posso voltar no tempo, nem apagar o que aconteceu, ou até mesmo apagar as palavras ditas, escritas, confessadas em um momento qualquer, e em qualquer lugar... será que eu sou capaz de resistir por mais tempo?

Ok, ok, sei que isso soou como uma suicida pensando se vai ou não se matar... mas convenhamos, eu sou medrosa demais pra isso! E muito altruísta pra ferir alguém... mesmo que esse alguém seja somente os meus cachorros... mas provavelmente nem eles sintam a minha falta.. afinal não vão saber se eu morri ou simplesmente estou passando um tempo fora... um tempo muito, muito longo...

Ta legal, eu sei que agora parece que eu sou emo... mas pera-lá, por que tudo tem que ser definido com um nome pré-determinado pela sociedade?
Eu sou tudo ao mesmo tempo em que não sou nada... acho que sou mais nada do que tudo, mas tudo bem, afinal, sou só mais uma entre números que ultrapassam em milhões os cem.

Acho que o dia ajuda pra isso, toda segunda-feira é deprimente, não é? Ao menos para alguns, eu acho... não sei...

Queria conversar com alguém nesse exato momento, qualquer um, qualquer pessoa ou ser, ou sei lá o que...
Mas me encontro sozinha, digitando essas merdas que eu não deveria estar digitando ao invés de fazer um trabalho que vale a metade da nota na minha prova, e que eu tenho que entregar amanhã! (apesar de estar de noite e ele é muito, muito grande, sendo que na verdade são dois trabalhos.. e aff.. lembrei..tenho teste amanha também e sequer pensei em pegar na porra do caderno.. -.-‘ eu to mais ferrada do que pensei =/ ..) E eu não comecei a fazer... por que???
Porque eu estou nesse estado de depressão + chatice + carência + sozinha + música depressiva tocando no computador + pensamentos sem sentido que vão parar em lugar nenhum em um lugar qualquer = eu escrevendo aqui!

Você que está lendo deve estar perguntando por que não liguei pra algum amigo (a) não é? (eu também sei que posso ser a única débil mental que lê o que eu mesma escrevo.. mas e daí? Eu me perguntaria isso quando lesse no futuro.. então vou me responder.. mesmo se mais alguém ler essa parte e me achar maluca..mas adivinha..não to nem ai!)

Eu tentei, mas na primeira vez ninguém me atendeu (me refiro a uma única pessoa)... e horas se passaram sem que retornasse...
Continuei sozinha com esses pensamentos que não tem nada de produtivo... peguei um livro no computador e comecei a ler... ele me distraiu um pouco, eu até consegui sorrir com ele, até eu ver uma bela amizade entre um cara e uma garota, sendo que o cara é gay e realmente não tem segundas intenções em sua amizade com ela, um amor puro e estranho. Por que os dois são bem estranhos, o que combina comigo.

Quando eu ri com a história, tentei ligar de novo para essa pessoa, mas novamente ninguém atendeu ao ‘tu’ do telefone, e olha que eu só queria sorrir com ela... sem sequer tocar no assunto dos meus pensamentos...
Voltei a leitura... afinal estava produtiva! ^^
Comecei a ficar cansada de ler que todo mundo tem algo de especial... e eu comecei a reparar que de ‘especial’, só se eu pedisse no cardápio de um restaurante poderia ter algo assim.

Eu não sonho com algo impossível... TA BOM, talvez eu sonhe, e o que é que tem? Minha imaginação sempre foi muito grande pra se limitar somente a minha infância...

Eu queria ter uma varinha mágica, para fazer tudo ser do meu jeito, talvez o mundo não fosse perfeito, mas eu não busco a perfeição, afinal eu aprenderia com os erros que cometesse, mas acredito, acredito não, tenho certeza de que o mundo seria muito, mas muito melhor. O meu mundinho particular, intocado e inalcançável, o meu mundinho perfeito! .-.

Mas o que fazer com as pessoas que não se encaixam nesse perfil? Extermina-las? Claro que não! (não que eu não tenha pensado nisso -.-‘ mas ai estaria sendo só mais uma igual a elas) Fazer, através de magia da varinha, que se tornem boas pessoas, sem prejudicar aos outros? E o que acontece com o tal livre arbítrio que o que nos criou ditou? Sinceramente não quero passar sobre as suas ordens/pedidos, afinal lhe devo muito/tudo, todas as tristezas somadas as alegrias diminuídas as lágrimas e multiplicando os sorrisos, tudo devo a ele! O resultado final dessa matemática astral eu ainda não sei, afinal não morri... ainda! (e se eu me originei do big bang vou ficar muito fula da vida -.-‘)

Ta, eu to viajando um pouco já... voltando a ligação...
Foi isso, eu até tentei ouvir uma voz amiga para me sentir em casa, me sentir confortável... mas do outro lado da linha nenhuma voz veio ao meu encontro, nenhum sinal de que alguém se importava, tentei falar sozinha, mas acho que minha mente tem respostas que eu não gostaria de ouvir, pois poderia piorar...

Horas e horas se passaram e eu continuei nesse estado de debilitação mental tentando me reconfortar com bombons deixados em um pote de vidro sobre a mesa principal da sala. Precisava de alguém, só pra ouvir a voz, ler palavras de alguém que se importe no meu celular ou em um blog (mas eu estou sem internet e duvido que fosse ler algo que ninguém espera que eu esperava ler, então...).. mas não tinha ninguém, eu tive que apelar pro chocolate, talvez ele seja meu único amigo... ok, ele não é amigo, é um cínico que faz a gente se sentir bem por alguns instantes e logo nos faz cair em uma depressão mais profunda do que a que estávamos, afinal, sua doce companhia nos acompanha diariamente quando pisamos em um instrumento mortal chamado ‘balança’. Eu não quero mais falar desse ‘duas caras’ (o bombom), voltemos a minha depressão de segunda...

Depois de abusar da companhia doce do inimigo de todos ‘o chocolate’, tentei novamente ligar pra essa pessoa, dessa vez ela atendeu...
Mas, sabe o que é falar e não sentir calor do outro lado da linha? A pessoa não estava morta (óbvio), só estava ausente, talvez nem soubesse disso, com certeza não sentiria se estivesse ausente, ninguém que está ausente sente que está ausente.. e se eu falar essa palavra novamente me mato.. argh, chega de ‘ausente’ >.<’

Ela falou um pouco sobre algo que não me interessava (ao menos no momento), mas só o som de sua voz (apesar de distante.. viu, não falei a palavra com ‘a’) me fez sentir ligeiramente melhor.
Não fiquei bem, por que fiquei me perguntando, por que não tenho amizade como as que eu leio em livros? Ou romances que acontecem nos cinemas?
Eu não sou mais criança, como eu mesma já escrevi aqui, as pessoas têm seus tempos e limites em demonstrações de afeto, e nenhum sentimento é igual a nenhum outro, cada um tem sua expansão particular, e a sua própria forma de demonstrar (me refiro a amizade..mas isso engloba tudo) e definitivamente eu não procuro um príncipe encantando, mas também não vou ficar me divertindo por ai com sapos... mas do que diabos eu to falando?
Vamos voltar ao assunto anterior (de novo)...

Apesar de estar no telefone com alguém que eu amo, continuava a me sentir sozinha, como se eu não fosse importante o suficiente pra ela, como se eu fosse substituível (e não foi o fato dela citar outra amizade, eu brinco de ter ciúmes, sendo que às vezes tenho mesmo ¬¬’, mas não foi o que aconteceu dessa vez... eu simplesmente me senti, vazia) como um vaso que já foi muito bonito e apreciado, mas que finalmente quebrou e nem um Super super-bond daria mais jeito... ultimamente só me sinto assim... nossa, realmente eu to ‘emo’ =s

E com certeza, futuramente quando ler isso e tiver esquecido o que se passa na minha mente nesse exato momento (memória de peixe é foda), me perguntaria: Por que não liguei pra outra pessoa que amo?

Simples, não me ocorreu ninguém na mente além dela, afinal, outros não poderiam me atender por causa do trabalho, e se o fizesse, seria de mau agrado, ou tampouco se importaria de fato, por que tem mais com o que se preocupar do que com mais um drama mexicano de mais uma amiga/colega.
Outros talvez me escutassem, ou me xingassem, ou simplesmente responderiam ‘fala’ quando soubesse que era eu... mas eu não tive coragem de ligar pra mais ninguém, acho que não suportaria sentir essa sensação de vazio ao falar com mais uma pessoa que pra mim é importante.

Eu não sou a amiga mais maravilhosa e perfeita do mundo, isso eu tenho plena consciência, e quem me conhece sabe mais que qualquer outro que eu sou uma péssima companheira de amizade para alguns, afinal, eu raramente ligo ou procuro, exceto a famosa ‘melhor amiga’. Na qual eu falo todo santo dia, e quando não falo me sinto realmente mal... ou estranha... como se faltasse algo no meu dia... mesmo achando que só eu ache/ sinta, eu não me importo...

Tem outros que eu gostaria de falar todos os dias também, mas a falta de coragem para procurar me limita a simplesmente ficar na vontade. Até por que... por que EU que deveria procurar e não o contrário??? .-.

Desculpe a embolação de palavras e sentimentos misturados em uma única dor, mas isso é só um filete de pensamentos que passam sem cessar e sem pena em minha mente...

Mas deixa pra lá...
Isso deve ser só mais um lamento qualquer de um sentimento sem sentido que se sente por alguns momentos, mas no final de tudo, passa...

By
Luah-kai ou Gleice, ou o que quer q ‘eu’ mera coisa seja...

“chega de drama pra um dia né?”

Ps.: Esqueci de dizer que escrevi na segunda de noitinha.. por isso postei na terça.. então naum enxe qnd eu falo q eh segunda e ta lá q eh terça ¬¬ .. ta explicado T_T

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Skank - Sutilmente

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
Quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
Quando eu estiver fogo
Suavemente se encaixe

E quando eu estiver triste
Simplesmente me abrace
E quando eu estiver louco
Subitamente se afaste
E quando eu estiver bobo
Sutilmente disfarce

Mas quando eu estiver morto
Suplico que não me mate, não
Dentro de ti, dentro de ti...

Mesmo que o mundo acabe, enfim...
Dentro de tudo que cabe em ti
Mesmo que o mundo acabe, enfim...
Dentro de tudo que cabe em ti...
é...
:)

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Mentira...

É desgastante o tempo que a gente leva pra aceitar as diferenças... as mentiras... as omições...
Mas até esse tempo tem um tempo...

Eu penso assim, se até determinado tempo não consegui conquistar a confiança de uma determinada pessoa para que ela não precise mais mentir (por forma de proteção consigo mesmo, pra se gabar, por diversão, por que não sabe o que poderia me contar, por que cresceu ouvindo que tinha que mentir....) eu desisto.

É, eu desisto... Se não sou digna de confiança, eu não vou forçar a barra, eu não vou pedir novamente para contar a verdade, eu não vou policiar a mentira mais... eu me afasto...
Todos mentem, eu sei... mas insistir em um mentira... é burrice!

Se não quiser falar determinada coisa, diga: "Não quero falar sobre isso", "Vamos mudar de assunto?", "O que está passando na Tv hoje?", "Você é fofoqueiro (a) hein!" ... qualquer coisa, mas não minta pelo simples fato de mentir...
=/
pelo menos não pra mim...



bye
Gleice.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O tempo que o tempo tem...

Eu naum entendo...

Como tudo pode mudar tão drásticamente da noite pro dia?
Como comportamentos são moldados tão facilmente por uma situação ou duas?
Como as pessoas não conseguem entender uma simples palavra: "Não"?
Como pessoas insistem e desistem ... meramente por nada.
Como o sentimento que a palavra: "Saudade" tras, afeta tanto as pessoas...

Não adianta pedir que o tempo volte... pois ele naum volta...
Não adianta pedir que o tempo pare... pois ele naum para...
Não adianta pedir que ele passe depressa... pois ele vai no seu tempo....
Não adianta esperar que ele traga boas novas... pois ele só traz o que você plantou no passado...

Eu queria ser dona do tempo, para moldalo a minha maneira... mas soh posso esperar...

Que o tempo me leve... :) ~

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Sinto falta...

Sinto falta da falta de sentir falta...
Daquilo que deveria ser que não foi e naum tem como voltar a ser um dia...
Da saudade de sentir saudade do sentimento que a saudade traz..
Da dor no peito sem sentido que dói eternamente com um fim...
De esperar pela espera eterna de ninguém que vai chegar...
De sentir o que sentia e que naum sentirei mais quando decidir não sentir...

Pois eh... sinto falta de sentir falta da falta que a falta faz...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

certas coisas me fazem rir...

Eu acho uma comédia nego declarar amor por um ser...
dizer q ngm nunca vai substitui-la... que ela eh unica.. a unica pessoa que ele poderia amar..

...

passa um certo tempo.. e o lugar eh renovado..
o coração se declara pra outra...
ela se torna seu novo centro do universo...
e a antiga..foi um simples mal entendido.. ou o coração cansou de esperar...

...

e o ciclo continua... amando..desamando...e amando novamente.. rs

se o amor eh realmente assim..
pq diabos eu resolvi cair nesse inferno que as pessoas chamam de Terra?

ah ..jah sei.. eh pq dentre esses sentimentos estupido, hipocritas e nada nada sinceros.. existe um que é verdadeiro.. se chama ilusão =)

na boa.. pro inferno o coração²

7 de setembro

To cansada de chorar por um passado futuro que talvez seja diferente quando mudado no presente..
to cansada de pensar como teria sido se no passado eu tivesse feito o presente diferente e meu futuro atual ser melhor do q eh...

queria saber no q cada escolha e cada decisão resultaria para pensar melhor antes de fazer algo... ou naum fazer nada...

sei q deveria me conformar com fatos consolidados... mas naum sei ser comoda.. naum sei mais sorrir quando quero chorar.. naum sei mais chorar para aliviar a tristeza... ela fica presa..retida, naum mais transborda...

queria um apoio..mas cada vez mais me vejo sozinha..
tenho amigas verdadeiras.. isso eu sei.. mas eh triste o fato de naum te-las por perto qnd preciso, devido a distancia e a dificuldade de encontros pessoais..

estou numa prisão.. onde tudo q faço, digo ou penso.. parece ser controlado/vigiado 24hrs por dia...

queria me libertar..mas pelo visto o principe no cavalo branco naum vem..
e a fuga se torna impossivel quando os dragões da consciencia cospem fogo sem medo de me machucar..

Queria me libertar das amarras externas e internas q me prendem e me cercam... quero ser livre novamente...

- Luah Kai -

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Grrr

caralho.. nada mais me irrita do q 'pensarem' por mim oq eh melhor pra MIM!

grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr ¬¬
:@

e eu ainda leio essas merdas.. -.-
__

mas na boa...
q va se f... =)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Coisas da vida...

Eu fico puta!

De verdade...eu fico muito puta com isso ¬¬

Ta, ta.. eu sei que vocês não estão entendendo nada.. T_T
mas eu vou explicar..
Começando de novo..

Oi gente!
Em relação ao ficar puta, é pq eu ... a esquece isso... deixa eu começar de novo, de novo!

Eu sei que eu sumi, mas acredite, não foi bem uma escolha.
Tudo mudou, minha rotina, minha forma de levar a vida, mas acredite, não o meu jeito de levar a vida ou de vê-la!

Eu continuo da msm forma.. com o msm pensamento... um pouco mais sozinha.. mas nada que um bom alcool, sorvete e chocolate não resolvam...!

Sinto falta dos meus amigos, das pessoas importantes pra mim, sinto falta...
A quanto tempo eu não consigo tempo para parar e admirar a lua, a quanto tempo eu não sei o que é ser importante para alguém... a quanto tempo eu não sei o que é carinho.. acho que o único ser que me da carinho o tempo todo que estou por perto.. é a minha cachorra.. e falar em cachorro, só Deus sabe como me sinto dia após dia pela perda dos meus 'filhos', melhores amigos...

Mas uma coisa que me magoa sempre também, é mesmo estando distante por tanto tempo, quando tento me aproximar de pessoas que amo, simplesmente sou jogada de escanteio, sempre existem outras prioridades, as vezes até tratada com ignorancia.. ou .. tanto faz...

Mas eu me acostumo... me acostumei no passado...
Tenho algumas recaidas.. mas... como no passado.. volto a me acostumar..

e a vida segue assim.. ela me segue.. e eu a sigo... sentimento?
To jogando no lixo!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A lista...

Faça uma lista de grandes amigos
Quem você mais via há dez anos atrás
Quantos você ainda vê todo dia
Quantos você já não encontra mais...
Faça uma lista dos sonhos que tinha
Quantos você desistiu de sonhar!
Quantos amores jurados pra sempre
Quantos você conseguiu preservar...
Onde você ainda se reconhece
Na foto passada ou no espelho de agora?
Hoje é do jeito que achou que seria?
Quantos amigos você jogou fora?
Quantos mistérios que você sondava...
Quantos você conseguiu entender?
Quantos segredos que você guardava...
Hoje são bobos... ninguém quer saber?
Quantas mentiras você condenava?
Quantas você teve que cometer?
Quantos defeitos sanados com o tempo
Eram o melhor que havia em você?
Quantas canções que você não cantava
Hoje assobia pra sobreviver?
Quantas pessoas que você amava
Hoje acredita que amam você?

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Rainha das 7 Encruza...

Nesse pedido eu vou entoar
Na forma da mais bela canção
Minha vida poder controlar...
e a pessoa q eu amo não mais chorar!

Queria tanto que fosse diferente...
Mas o destino muda conforme a gente.
Obedeci as novas regras, andei na linha
minha recompensa foi trocada, foi perdida...

Um mero fantoche, foi no que me transformei
De mandante... a mandada...
Eu lhe chamo Rainha das Encruzilhadas
Não como mandante.. e sim como amiga

Um pedido nas 7 em cruzas vou lançar
e esperar que você possa superar
aqueles que comigo tentam brincar..
Há- eles pensam que mandam no meu destino!

Isso eu vou mudar.. e sei o preço a carregar
É caro demais o deixar de sofrer...
magoar, eu sei...
mas ao menos ele não irá morrer...

[ Aqui te faço um pedido, para nas encruzas entoar... Aguandando o desejo, de dor se transformar...]

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sabe... Quem deve saber oq eh correto?!

Sabe quando vc precisa de um ombro amigo
de um "oi, tudo bem?" de alguém que você ame, e que também te ama...
Sabe quando tudo parece mais escuro do que realmente é?
Sabe quando uma noite de sono pode se tornar o maior pesadelo da sua vida?
Sabe quando você está sozinha, tanto por fora quanto por dentro?
Sabe quando sua vida parece um labirinto sem saida?
Sabe quando seus amigos se tornam estranhos?
Sabe quando você espera um carinho e recebe o vazio?
Sabe quando nada mais faz sentido?
Sabe quando o certo e o errado já não são bem distinguidos?

Quem deve saber oq é correto?...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Sem dizer Adeus...


Eu conheço um lugar,
Onde gostava de estar contigo,
Era o meu abrigo...

Subir e descer montanhas,
Resistir em desertos,
Sair de caminhos incertos...

Se eu desaparecer,
Não me leves a mal,
Se eu me sentir um fracasso total,
Ajuda-me...

Eu vou precisar de ti,
Eu nada sei... nada aprendi.
Nunca consegui ser o que eu quero,
Será que para apagar tantos erros...
Terei que me apagar também?!
Sem dizer adeus a ninguém...

terça-feira, 9 de junho de 2009

Obrigada...

Por ter paciência...
Por ter carinho...
Por me escutar...
Por cortar cebolas perto do meu olho pr'eu finalmente chorar...rs
Por em seguida enxugar minhas lágrimas...
Por brigar comigo quando eu tento ser quem eu não sou...
Por me fazer dormir...
Por me fazer sonhar sonhos bons...
Por fazer palhaçadas pr'eu rir, mesmo que as vezes o sorriso não seja por completo, eu fico feliz...
Por tentar preencher um vazio inabitado...
Por me fazer ver que tenho amigas de verdade e pra todas as horas...
Por desenhar borboletas azuis e espalhar pela casa inteira... rs
Por dançar livremente, me fazendo rodopiar junto até ficar tonta...
Por me contar histórias pra dormir...
Por me fazer ver coisas boas que eu já não me lembrava...
Por cantar músicas ao pé do ouvido...
Por me 'segurar' quando estou prestes a cair...
Pelo simples fato de serem uma parte de mim...
obrigada ^^'


;)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Borboleta Azul



Eu imagino que quando as pessoas vão embora desse mundo... Elas vão para outro bem melhor, principalmente se você orar por elas e pedir por isso...



A esperança do meu mundo, eu chamo de Borboleta Azul... Ela me faz feliz...



Espero que elas possam te alegrar tanto quanto me alegram gleh. Te amo ^^



(desculpa invadir esse aqui, mas no outro eu não sei entrar direito :s)
E.

domingo, 7 de junho de 2009

A subida.!

Eu quase posso ver
O sonho que tenho sonhado
Mas há uma voz dentro da minha cabeça dizendo
Você nunca alcançará

Cada passo que eu dou
Cada movimento que faço parece
Perdido e sem direção
Minha fé está abalada
Mas eu, eu vou continuar tentando
Tenho que manter minha cabeça erguida

Sempre haverá uma outra montanha
Eu sempre vou querer movê-la
Sempre será uma batalha difícil
Às vezes eu terei que perder
Não tem a ver com a rapidez que eu vou chegar lá
Não tem a ver com o que estará esperando do outro lado
É a subida

As lutas que estou encarando
As chances que estou escolhendo
Ás vezes podem me empurrar pra baixo
Mas, não, eu não desisti
Eu posso não saber ainda
Mas esses são os momentos que
Eu vou mais me lembrar, eh...
Só tenho que continuar
E eu...
Eu tenho que ser forte
É só continuar lutando
Pois...

Sempre haverá uma outra montanha
Eu sempre vou querer movê-la
Sempre será uma batalha difícil
Às vezes eu terei que perder
Não tem a ver com a rapidez que eu vou chegar lá
Não tem a ver com o que estará esperando do outro lado
É a subida

Continue se mexendo
Continue subindo
Mantenha a fé
Tem tudo a ver
É tudo a ver com a subida
Mantenha a fé
Mantenha sua fé...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

LUTO²

Oh porra ingrata!

Tanta gente má... mas essa fdp da morte cisma de levar meus amigos.. até quando??? Até onde ela vai??? E por que os meus amigos???

Tanta gente que já cansou de pedir pra morrer.. eu msm jah fiz isso.. mas nãaaaaaaaaao .. ela leva justo akeles que eram felizes, que tinham uma vida inteira pela frente, que faziam questão de viver!

Até quando eu vou suportar isso eu não sei... soh sei que me cansei! de tudo... =/

_|_


[LUTO]

Mariano... sei que você não está lendo T_T .. mas sua vida não foi em vão.. deixou marcas em muitos corações...
Boa sorte aonde quer que esteja.. estarei rezando por vc! (F)

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Viver é exercer a existência.!

Muitas pessoas não sabem diferenciar viver de existir.. acredite.. é verdade!

Em pleno século XXI... muitos não sabem diferenciar coisas que deveriam ser banais, como sua própria vida!

Bem... eu existo! A prova disto é estar digitando nesse exato momento aqui no blog! rs
Dããã...

Porém, nem sempre eu vivo... {relaxa..q ainda não morri nessa vida! rs}

Mas pra mim, viver é saborear cada gosto da criação e criar novos gostos. Viver é interagir com tudo que nos envolve! É fazer o que vem na cabeça sem se preocupar com as possíveis conseqüências do depois... É curtir o hoje, sem querer adiar pro amanhã. Viver muitas vezes da medo, insegurança.

Mas se você não vive, você apenas existe.
Eu não quero só existir... eu quero que minhas idéias sejam conhecidas, que ajude a alguém a refletir {ou me xingar...rs} que seja!
Não me importo com números, fico feliz em dividir nem que seja com uma pessoa a mais.
Não quero passar em branco, e não digo o branco celestial, da paz, da pureza.... digo o branco do vazio, do silencio, do nada.

Não baseio a minha vida no que os outros ‘acham’ ou denominam ser viver. Não vou seguir uma linha pré determinada em um espetáculo de alienação de pensamentos dos que governam o mundo, sejam políticos, estilistas, a moda, a televisão, parentes, amigos... não permitirei que outros vivam o que eu deveria viver... a minha vida sou eu quem vivo!

Eu vivo do meu jeito.

Não tenho que agradar ninguém com meus gostos, minhas escolhas, muito menos o que eu faço ou deixo de fazer. Pra mim, isso é viver.

Se o seu modo de viver é fazer tudo que lhe mandam... você deveria ter nascido em um robô ou marionete ;)
Na boa... não deixe que outros vivam a vida que lhe foi dada... só seja você!

Dessa vez não postei nenhuma prévia de livro...rs
Apenas um pensamento que surgiu nesse exato momento..

bjo
:)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Mais uma prévia :)

- Eu só me lembro de duas histórias que envolviam vampiros ainda crianças. Normalmente elas não sobrevivem ao processo de morte - ressurreição. - falou com pesar na voz. - Como acontece com todos que passam pela transformação, elas não crescem, elas são famintas e deixam esse instinto falar mais alto que qualquer outro. - continuou. - Havia uma menina, ela foi transformada, porém foi solta em seguida, quem a transformou não cuidou para que ela guardasse o segredo ou para tentar controlá-la. Como qualquer criança assustada, com a fome, ela correu entre as matas para a cidade, deixando rastros de sangue e morte por onde passava. Estava faminta, sua fome era maior do que um transformado adulto ou adolescente. Era como se uma besta a dominasse.

Suzan prestava atenção em cada palavra, se prendendo a história com fascínio e abominação.

- Ela tentava voltar pra casa, estava atordoada e assustada. - prosseguiu - Seus pais a procuravam desesperados pela vila na qual eles moravam. Sua mãe a encontrou encostada em uma enorme pedra que ficava em uma praça próxima. Ela estava tremendo, inteiramente coberta de sangue, com os bracinhos em volta de suas pernas se balançando pra trás e pra frente aos prantos. Sua mãe correu ao seu encontro desesperada, perguntando como ela estava?, aonde ela estava?, enquanto procurava pelos ferimentos em sua frágil criança. Sem encontrar a fonte para tanto sangue, sua mãe a pegou no colo, ela não falava, só chorava e balançava a cabeça negativamente. Sua mãe a pegou no colo, abraçada ao seu pescoço para leva-la de volta para casa. Seu pai e seus irmãos ao vê-la, ficaram aliviados e ao mesmo tempo preocupados pela quantidade de sangue em sua roupa, seu corpo, seu rosto. Mas a menina não respondia, ela tinha por volta de uns 5 anos. Sua mãe a lavou, tirando todo o sangue do corpo, queimou a roupa que ela trajava, a criança estava em estado de choque. Após colocá-la em sua cama, e tê-la dado a benção, verificou os outros filhos de 7 e 9 anos, dois meninos fortes e saudáveis que dormiam no quarto ao lado do de sua pequena filha, depois checou todas as fechaduras da casa e foi dormir. - pausou.

- E o que aconteceu? - Suzan perguntou impaciente.
- Ela matou os irmãos, e rumou para o quarto de seus pais. - falou pesaroso.

Suzan ficou pálida, e estranhamente silenciosa, imaginando uma criança dilacerando outras crianças, seus próprios irmãos.

- Sua mãe acordou com o choro de sua filha que vinha dos pés de sua cama. Levantou assustada, querendo pegá-la em seu colo e falar que estava tudo bem. Ao olhá-la através da luz das velas que havia em seu quarto, viu que ela estava coberta de sangue novamente, desesperada para saber o porque, colocou a mão em seu marido que estava ao seu lado, para acorda-lo, ela sentia o peso de seu corpo ainda na cama, mas ao tocá-lo, sentiu um líquido, puxou sua mão, e viu que o líquido era vermelho vivo. Seu corpo tremia com medo de verificar o que seus pensamentos já haviam raciocinado. Seu marido estava morto, bem ao seu lado. - pausou novamente - ela pulou da cama e viu seu marido morto, com mordidas por quase todo o corpo, sua cabeça estava retorcida, imaginou quem quem fizera aquilo quebrou seu pescoço antes de atacá-lo ferozmente, pois ela sequer ouviu quaisquer tipo de ruido na noite. Ela levou as mãos a boca para abafar o grito que surgiu em seu peito, não queria assustar mais a sua filha. A pegou em seus braços, meramente pensando que estava ensanguentada por ter tocado seu pai, ela não imaginou que aquela figura frágil, era o monstro que cometeu um assassinato tão bruto. A criança ainda não falava, só chorava em seus braços. Sua mãe correu com ela em seu colo ao quarto dos outros filhos, iria pegá-los e sair imediatamente dali, ao ver a poça de sangue que vazava pela brecha entre a porta e o chão, ela caiu de joelhos antes de abri-la, seu corpo doía com a perda de seu marido e agora, estava frágil como porcelana pela possível perda de seus filhos, ela não queria ver, mas teria que se certificar disso antes que fugisse e deixasse seus filhos a mercê de uma ameaça. Abriu lentamente a porta, todos os quartos ficavam sempre iluminados por velas, pois tinham medo de escuro, então ficou tão claro ver o corpo de seus dois filhos dilacerados em suas camas e no chão. Ela não tinha forças, mas queria continuar para salvar sua filha. A abraçando forte, mas ainda sem forças para levantar, sua filha disse as primeiras palavras naquele dia. "Me mata mamãe".

Suzan tentava se concentrar para não chorar, seus olhos já brilhavam.

- Você quer que eu pare? - perguntou gentilmente ao notar que ela estava abalada.
- Não, continue... por favor. - falou com pouco fôlego.
- Sua mãe a olhou assustada, tentando confortá-la, pensou que a filha tivesse falado isso achando que sua mãe havia matado seus irmãos e seu pai. "Não filha, nunca, eu não fiz isso! Jamais machucaria vocês, eu daria minha vida por vocês" falava entre soluços. "Mamãe, por favor, me mata" pediu novamente, seu choro ficando mais intenso. "Não filha, por favor, não tenha medo de mim, eu nunca te machucaria, eu te amo!" falava enquanto a segurava firmemente entre seu peito, colocando sua cabeça virada para seu pescoço na tentativa de confortá-la, a menina puxou sua cabeça rapidamente para olhar para sua mãe. "Mamãe, corre! Corre o mais rápido que puder e nunca mais me procure. E não se aproxime de mim se eu for atrás de você" ela falava claramente, com sua voz de anjo, se afastando do colo de sua mãe. "Não filha, por favor, não faz isso! Eu não fiz nada, eu te juro! Mamãe te ama, eu morreria se te perdesse." falava desesperada tentado segurar sua filha contra seu corpo novamente. "CORRE! CORRE AGORA! FUJA DE MIM! EU SOU O MONSTRO." gritou tentando se afastar de sua mãe, mas não tirando ela de sua vista. "Filha, pára com isso, vem aqui" tentava pegá-la desesperadamente. "Mamãe, eu te amo. Me perdoa." e se virou para correr para longe daquela mulher desesperada que a gritava. Sua mãe a segurou pelo braço, tentando consolá-la e falar que não era culpada por aquilo, que sua filha não precisava ter medo dela. A menina a empurrou, com leveza, porém fez sua mãe cair para trás. Ela a olhava espantada por sua pequena filha ter tamanha força, mas achou se tratar do nervosismo, ela não queria que sua filha pensasse que ela era uma assassina, não deixaria sua filha sozinha no mundo, se levantou e a agarrou novamente. "Eu te amo, e prefiro morrer ao deixá-la ir." falou gentilmente com sua filha aos seus braços, e com um soluço "Me perdoa mamãe, eu te amo, mas isso é mais forte do que eu." disse o doce anjo, mordendo sua mãe no pescoço, a matando.

Suzan chorava silenciosamente, sentia pena da menina, ao mesmo tempo que não queria sentir.

- A menina após ver o corpo de sua mãe morta, era como se voltasse a realidade. Ficou abraçada ao corpo por horas, chorando sem parar, até a fome lhe vir a cabeça novamente. Ela saiu de casa, após enterrar nos fundos da casa os corpos de seus familiares, depositou flores sob a terra que recobria sua mãe, e aos prantos caminhou sozinha pela noite escura.

- E o que aconteceu com a menina? - perguntou apreensiva.
- Ela vagou por dias, deixando rastros de destruição, ela ficou conhecida entre os vampiros anciões após matar um vilarejo inteiro em apenas uma noite. Eles a queriam, e estavam a sua procura, não seria tão difícil achá-la com as pistas que ela deixava.
- Eles a queriam para que?
- Ela foi a primeira criança a suportar a transformação, eles queriam estudá-la e também freia-la, afinal não era bom ela acabar com 'rebanhos' inteiros sozinha, deixando claro sua existência e a existência dos de sua raça. Ela se tornou uma ameaça para nós.
- Rebanho? - perguntou.
- Para nós, os humanos não passam de rebanho. - respondeu paciente e ao mesmo tempo envergonhado por falar isso para ela. - Não que eu te veja assim.
- Entendi... - disse pensativa - Eles a encontraram?
- Eu vou chegar lá - afirmou - Ela se apaixonou por uma mulher, uma mulher que encontrou em um dos vilarejos que estavam em seu caminho.
- Se apaixonou? - perguntou incrédula.
- A mulher era muito parecida fisicamente com sua mãe, ela viu na mulher a sua mãe. E a mulher morava sozinha, e quis adotá-la assim que a viu, pensando se tratar de uma garotinha perdida.
- Então ela ficou bem? - perguntou com um fio de esperança.
- Nossa espécie carrega maldição, acha mesmo que ela se deu bem?

Suzan o olhou com medo de saber o resto da história, mas não teve forças para pedir que ele parasse de contar. E ele prosseguiu.
- Ela queria mudar, sempre que ela matava ela chorava sob os corpos das vítimas. Ela não queria isso, mas sua fome era insaciável, ela não tinha controle. Não queria machucar sua mãe novamente, como assemelhava a nova mulher. Ela contou toda a história para a mulher, desde ter sido transformada, a assassinar seus familiares e ter destruído vilarejos inteiros.
- E o que a mulher falou?
- Ela abraçou a menina, e disse que ela poderia confiar. A menina realmente passou a amar essa gentil senhora. Que a acolheu mesmo depois de saber de todas as suas atrocidades, ela realmente relembrava sua mãe, tão bondosa e compreensível. - pausou - Para não machucá-la e não perder mais o controle, a menina resolveu controlar a "besta" que morava dentro de seu corpo. Ela se prendeu em um quarto da casa da mulher que a adotara, se prendendo por correntes e colocando várias armadilhas para que se inconscientemente tentasse fugir ou pela fome querer matar a sua nova mãe, seu corpo fosse dilacerado por vários meios antes de chegar a porta, ela só sairia ilesa daquele quarto, se o fizesse consciente, e não desesperadamente como seria por sede de sangue. Ela queria mudar, para poder viver pacificamente com sua "mãe". - falava pontuando e fazendo encenações com os dedos onde deveriam ser as aspas. - Ela ficou assim, por três dias inteiros, a besta tentava controlá-la por várias vezes, a fome desesperadora parecia rasgar seu corpo por dentro, ela relembrava de sua mãe e a tentativa desesperada dela para segurá-la por perto e isso deu forças para que ela continuasse a não se mover. Ela chorava de dor, tanto física que a fome lhe causava, quanto emocional por tudo que havia feito. No quarto dia, ela já estava fraca, se permanecesse mais nesse estado acabaria morrendo de fome, a voz da besta já não mais falava em sua cabeça, ela havia dominado o seu demonio interior. Ela saiu do quarto, querendo rever sua "mãe" e lhe contar as boas novas, que elas poderiam conviver juntas sem que ela a machucasse. Porém, ao sair, viu sua nova mãe na companhia de vários outros homens, novos e velhos. Na hora ela soube o que aconteceu, apesar de ser nova, ela amadureceu muito cedo devido a tudo o que aconteceu.
-Eram vampiros? - Suzan perguntou assustada.
- Sim, Vampiros novos e anciões, o mais engraçado era os anciões terem a aparencia mais nova que os que tinham 300 anos.

Suzan o olhou com raiva.
- Desculpa, cedo demais para piadas né? - perguntou, e sem esperar pela resposta, limpando a garganta continuou - A mulher na qual ela passou a amar cedo demais, era uma cobaia humana dos vampiros, ela viu o saco com moedas de ouro em suas mãos enquanto sorria de retorno para a menina. Tudo foi planejado, eles estudaram a garota, verificaram as feições de sua mãe, e devem ter reparado que ela foi a única vítima a não ficar dilacerada e a ter flores sob seu corpo. Eles perceberam que ela a amava, e procuraram uma mulher que se assemelhasse fisicamente com sua mãe para que a freasse. Seria difícil pegá-la sem machucá-la, e para um estudo cientifico, seria ruim trabalhar em um corpo danificado ou morto. - pausou - A menina estava fraca demais para se defender de tantos vampiros, não tinha forças para fugir, ela caiu aos prantos ao ver que foi traída por sua mãe, mas não fez nada para impedir ser levada, pois em sua cabecinha, ela merecia passar por qualquer tipo de tortura.

- Eles a torturaram? - perguntou, mais lágrimas lhe caiam delicadamente pela face.
- Para estudá-la, fizeram experimentos horríveis e cruéis, achavam que por ser criança, seria imune a algum tipo de reação, ou a maldição que carregamos não se enquadraria perfeitamente para ela. Queriam saber por que ela foi a única criança a conseguir suportar a dor da transformação.

- E você não fez nada para impedir? - perguntou incrédula de raiva.
- O que eu poderia fazer contra vários vampiros anciões Suzan, provavelmente morreria antes mesmo de me aproximar dela.
- Eu não acredito que você seja tão insensível.
- Eu não disse que não ajudaria, porém eu ainda não era nascido nessa época, essa história me foi passada pelo meu pai, ou ao menos o 'pai' que me transformou.
- E ele não fez nada???
- Não, ele era recém nascido vampiro nessa época. Provavelmente não sabia nem o que fazia.
- Mas ela ta bem?
- Uns dizem que ela morreu após uma longa exibição ao sol, outros que ela sobreviveu e que vaga por ai. Ninguém soube mais dela, e os anciões não falaram o que aconteceu.
- Como eles puderam fazer uma atrocidade dessas?
- Não se esqueça que ela matou ferozmente muitos humanos.
- Mas ela era uma CRIANÇA! - respondeu furiosa.
- Não mais Suzan, ela perdeu toda a sua inocencia após matar seus pais. - respondeu, e sua voz soou como um lamento, fazendo Suzan se calar.
- E o que aconteceu com aquela cachorra da mulher que a entregou?
- Ela foi encontrada morta no mesmo dia, ainda segurando o saco com o ouro ganho por aquela barganha.
- E quem a matou?
- Dizem que o mesmo vampiro que criou a menina, acreditam que ele nunca esteve muito longe dela, como se a estudasse também, mas em seu ambiente natural. A casa de seus pais após a saída dela também foi incendiada, fazendo com que pensassem que mais alguem estava envolvido, e quem mais poderia ser alem de seu criador? Eu prefiro pensar que ela ainda está viva, e que ele a tirou dos anciões, mas é só a minha opnião.
- Eu espero que você esteja certo, por que apesar de tudo... eu sinto pena dessa menina. Se eu pudesse a consolaria também, mesmo depois de tudo o que ela fez, acredito que não foi proposital. Eu sei quando uma força fala mais alto do que a gente. E se deixar ser levado por ela não é difícil, ainda mais ela quer era uma criança.
- Eu entendo, e tenho simpatia por essa menina também. Elisabeth. - sussurrou o nome com carinho na voz.
- Ela se chama Elisabeth? - perguntou com um sorriso.
- Sim, Elizabeth Twiner. Espero encontrá-la um dia.

Suzan sorriu, - E a outra criança? Você disse que tem registrado somente a existencia de duas crianças transformadas não é?
- Essa é outra longa história, que eu contarei em breve... Agora você precisa dormir, está ficando com olheiras tão arroxeadas quanto as minhas.
- Você promete me contar?
- Eu não preciso prometer Suzan, eu nunca mentiria pra você!

Suzan dormiu tranquila, sabendo que estava sendo vigiada por aqueles olhos que a acalentavam e a confortavam. Sonhou.


Essa prévia saiu beeeem maior que a primeira.. LOL
O_o'


~* Luah *~

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Prévia...

- Vc me disse q voltaria...

- Eu menti.

- Mas você me prometeu! – continuou aflita, lágrimas já caiam desesperadamente de seus olhos.

- Eu menti. – repetiu friamente.

- Como você pode? Por que? Por que mentiu? Por que vai me abandonar? – perguntou desesperada... tentando se segurar na pessoa com quem falara, mas sem conseguir tocá-la.

- Pro seu bem... – e sem dizer mais nada, se virou, e simplesmente desapareceu.

Seus joelhos tocaram o chão com violência, seu corpo estava mole, fraco, completamente abalado. Suas mãos cobriam seu rosto, mas eram incapazes de conter tanta lágrima, que caiam como chuva no solo. Dores surgiam de todos os lados, como se a espedaçassem pouco a pouco, porem sem derrubar sangue. A dor era interna... vinda direto do coração. Muitos chamam isso de “A dor da perda”. Ela chamava isso de morte.



[Só uma prévia de um dos livros que estou escrevendo ^^']
Bjos gente
:)

domingo, 10 de maio de 2009

Numa auto-estrada escura e deserta, vento fresco no meu cabelo,
Odor cálido de colitas, elevando-se através do ar.
Adiante na distância, eu vi uma luz trêmula.
Minha cabeça ficou pesada e minha visão ficou turva,
Eu tinha de parar por causa da noite.

Lá estava ela na entrada da porta;
Eu ouvi o sino da recepção e estava pensando comigo
mesmo:
"Este poderia ser o Paraíso ou este poderia ser o
Inferno".
Então ela acendeu uma vela e me mostrou o caminho.
Havia vozes adiante no corredor,
Eu achei que ouvi-as dizerem...

Bem-vindo ao Hotel Califórnia,
Um lugar tão encantador, um rosto tão encantador.
Muitos quartos no Hotel Califórnia,
Qualquer época do ano, você pode encontrar aqui.

Sua mente está deturpada pela Tiffany,
ela tem as curvas do Mercedes 1979,
Ela tem uma porção de lindos, lindos rapazes,
que ela chama de amigos.
Como eles dançam no pátio, doce suor de verão,
Alguns dançam para lembrar, alguns dançam para
esquecer.

Então eu chamei o Capitão,
"Por favor, traga-me meu vinho". Ele disse:
"Nós não temos essa disposição aqui desde 69".
E ainda aquelas vozes estão chamando da distância,
Te acordam no meio da noite
Apenas para ouví-las dizerem...

Bem-vindo ao Hotel Califórnia,
Um lugar tão encantador, um rosto tão encantador.
Eles estão desfrutando a vida no Hotel Califórnia,
Que surpresa agradável, tragam seus álibis.

Espelhos no teto, o champagne rosa no gelo,
E ela disse: "Nós todos somos apenas prisioneiros
aqui
Do nosso próprio ardil".
E nas salas dos chefes,
Eles reuniam-se para o banquete.
Eles apunhalam com suas facas de aço,
Mas simplesmente não conseguem matar a fera.

A última coisa que me lembro, eu estava
Fugindo para a porta.
Eu tinha de encontrar a passagem de volta
Ao lugar onde estava antes.
"Relaxe", disse o homem da noite,
"Nós estamos programados para hospedar:
Você pode desocupar o quarto a qualquer hora que
deseje,
Mas você nunca pode ir embora!"

sábado, 2 de maio de 2009

+ uma coisa qualquer...

Gravado no fundo do peito, a prova do amor
Até onde será que terei de ir no labirinto
Para que a porta se abra
Em busca da luz que perdi
As lembranças do coração que continuam
como uma espiral a seguimos
e nós fomos guiados
Se foi um sentimento em q insistiu
Nada se tornara em vão
Né?
Porque a resposta não é só uma...

Por favor, não se desvie
E veja em você mesmo
Do outro lado da coragem
Perceba na sinceridade
Não tenho mais nada a temer
Sorria da dor
E apenas ande para a frente
Saia abrindo o caminho e sempre siga correndo
Sem olhar pra trás...

domingo, 26 de abril de 2009

saudade...²

Saudade é solidão acompanhada, é quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam, é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade: "aquela que nunca amou."
E esse é o maior dos sofrimentos: Não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

...

Eu sei q isso não durará para sempre
Mas ainda assim é tão lindo...
Seus olhos, suas mãos e seu sorriso querido
São meus tesouros...
E são inesquecíveis
Queria que houvesse uma
maneira...

Mas não perca seu tempo com isso...
Eu volto e vou abrir...
As minhas asas cansadas
Ainda fortes para cruzar o oceano
Com minhas asas cansadas
Até onde eu devo ir flutuando
ao vento

Cada vez mais alto na luz
E minhas asas cansadas
Ainda fortes para cruzar o oceano
Com minhas asas cansadas
Até onde eu devo ir flutuando ao vento

Atravesso o céu... e sigo apenas... voando




Aquilo que está caindo do céu...

... não é chuva...

domingo, 8 de março de 2009

Pq vc chora...? {continuação}

- Mãããe... Chegueeei! – disse a menina eufórica, largando a mochila no sofá e deixando seu pai pra trás, ainda no carro.

- Oi meu amor, e como foi o colégio?

- Chato! Agora me conta aquela história.

- Deixarei para contar quando for dormir. Agora seja apenas você.

- Mas eu quero saber mãe!

- Amor, deixe que lhe conte como uma verdadeira história... Quando for dormir, ok?

- Ok, ok... – resmungou.

O dia demorou a passar na visão da menina, sua mãe estava ausente, como se um filme passasse em sua cabeça durante todo o dia, porém não desabrochou o sorriso de sempre que carregava.

- Agora está de noite, me conta?

- Antes vá escovar os dentes, te espero aqui. – disse sentada em uma cadeira ao lado da cama de sua filha. Novamente pegando o objeto que guardara naquela caixinha de fósforo desgastada pelo tempo.

A filha foi correndo e voltou correndo, sem demora. Ansiosa pela história que a aguardava.

- Agora conta mãe! – disse sorrindo.

- Ambos tinham muito em comum, sempre tinham assunto um com o outro. Mas o que tinham de comum também tinham de diferentes.

- Como assim mãe?

- O menino era um rapaz maluco e se forçava a ser irresponsável. Ela, apesar de ser sempre alegre aparentemente, era muito responsável e madura. Mas o que os tornava oposto, ao invés de afastá-los, os aproximava, pois ela era a responsabilidade que faltava nele, e ele, era a irresponsabilidade que faltava nela.

- Mas mãe, ser irresponsável não é ruim?

- As vezes devemos fazer o que o nosso coração manda. E muitas vezes segui-lo se torna algo irresponsável. Mas eu prefiro você responsável hein. – disse sorrindo.

- Sim, sim mãe.

- Então o menino passou a mudar, se controlar nas doideiras, ser mais responsável, ele amadureceu por ela. E ela, continuou a menina de sempre. Ela lhe contava quando estava triste, e quando estava feliz, mas com o tempo ela nem precisava falar. Ele enxergava quando ela estava triste, mesmo com o sorriso mais belo estampado largamente em seu rosto. E vice versa.

- Eles ficaram juntos mãe?

- Você acredita em Deus filha?

- Sim, claro que acredito mãe. É pra ele que a senhora me ensinou a rezar todas as noite.

- E você acredita em anjos?

- Sim, sim. Eles são lindos né mãe! Eu queria ser um anjo. – disse sorrindo e sentando na cama de tanta empolgação.

- Eu não...

A menina murchou, e ficou sem entender, com os olhos esbugalhados olhando pra mãe descrente do que acabara de ouvir. A mãe, com seus olhos caídos no objeto em suas mãos, prosseguiu.

- A história realmente começa aqui. – disse, tirando os olhos do objeto e olhando nos olhos de sua filha - A menina, começou a sentir algo pelo rapaz que tanto se parecia e que era completamente o oposto a ela. Nisso, ela começou a ter sonhos, sonhos tão vívidos, que ela passou a acreditar neles.

- Que sonhos mamãe?

- Ela passou a sonhar com sua vida passada.

- Vida passada? – repetiu sem entender.

- Sim meu amor, já vivemos outras vidas, porém não recordamos. Para vivermos essa vida, sem basear no passado.

- Então ela sonhou que eles se amavam desde antes mãe? – disse esperançosa.

- Mais ou menos. Ela não era humana em uma vida passada.

- Ela era o que mamãe?

- Ela foi um anjo.

- Uaaaalll, um anjo! Que lindo! - disse a menina com os olhos brilhantes.

- Ela no início também achou. Nos primeiros sonhos, ela se via voando, em um céu limpo, e nada mais existia além do lugar lindo onde se encontrava.

- Ela tinha sido um anjo da guarda mãe?

- Não meu amor, ela estava acima deles, muito acima. O único ‘chefe’ dela, era o próprio Deus.

- Nossa mãe, então ela era incrível né!

- Sim amor, ela era incrível. Ela no início, queria dormir sempre que podia, para ter esse sonho, que afinal, se tornou constante, e ela sempre recordava quando acordava, como se estivesse nele no atual momento. Mas depois, ela passou a evitar sonhar...

- Por que mamãe? Com um sonho desses eu não iria querer acordar nunca.

- Ela aos poucos foi vendo o seu passado. O seu verdadeiro passado, não só a parte de voar livremente, como um pássaro sem ninho. Ela tinha amigos, ou melhor, subordinados anjos. Que lhe mostraram o que ela foi e como foi a sua vida como um anjo.

- Subor.. o que mãe?

- Subordinados, os que seguem ordens meu amor.

- Anjos também tem chefes? – disse assustada.

- Sim amor, cada um tem uma classificação e um que fica como chefe, ao qual os outros devem obedecer.

- Não sabia...

- Continuando, ela lembrou o que era e o que a motivou a ser humana na outra vida.

- E o que foi mãe?

- Outro anjo.

- Como um anjo motiva outro a ser humano? – perguntou confusa.

- Esse outro anjo, era um anjo da guarda. Ele cuidava dos seres humanos. E de certa forma se apaixonou pela forma do ser humano ser.

- Ele se apaixonou por alguma humana mamãe? – perguntou ofuscante de alegria.

- Não docinho, ele se apaixonou pela forma com que o ser humano se apaixona, esse sentimento não existe dentre os anjos.

- Os anjos não se apaixonam mãe? – perguntou triste.

- É incomum para eles, eles não conhecem esse sentimento. Os que conhecem, tratam como uma doença. O amor te enfraquece, um soldado não pode ser fraco não é?

- Soldado?

- Sim, soldados do Senhor. Anjos são como guerreiros, e não podem ter pontos fracos, e o amor torna qualquer imortal, mortal.

- Como mãe?

- Você suportaria qualquer dor do mundo, porém se você amar, você jamais suportaria o mínimo de dor para a pessoa amada, fazendo qualquer coisa para impedir isso. Isso o torna fraco.

- Então eu não devo amar?

- Meu amor, você não é um anjo, e mesmo que fosse. Amar é a coisa mais linda do mundo, por isso muitos a invejam, ame sim filha, ame.

A menina sorriu e sua mãe prosseguiu – Esse anjo da guarda, que estava louco para sentir o que os humanos descreviam perfeitamente como o amor, começou a senti-lo. Mas não por uma humana, e sim por outro anjo.

- Que lindo mãe!

- Não filha, isso se tornou a desgraça dele.

- Por que? – disse triste.

- Esse Anjo a notava ao longe, como eram de classes bem diferentes, pouco se viam. Porém sempre que a via, seu coração de anjo respondia, a mesma sensação que os humanos descreviam, acelerado, quente, forte, como se fosse saltar de seu peito. Uma força o impulsionava a falar com ela, a mostrar pra ela essa sensação, falar que era insuportável não saber quando será a próxima vez que a veria. Porém ela nada entenderia, e sequer lhe dirigia a palavra. Não tinham contato.

- E o que o anjo fez mamãe?

- O Anjo da guarda foi aconselhado por outro anjo a não sentir isso, e lutar contra essa ‘doença’. Pois seria a sua ruína.

- E o que ele fez?

- Quando amamos, nada mais importa. E isso ele sentiu. Correu para o Anjo que lhe roubara o fôlego, e lhe pediu um tempo. Como uma boa anjinha, ela lhe concedeu esse tempo, e com calma e paciência, ouviu tudo que ele lhe queria dizer.

- Ele se declarou mamãe?

- Primeiro ele lhe contou sobre os humanos, e como eles eram seres incríveis. E tudo que eles podiam fazer, devido ao livre arbítrio, coisa que os anjos não possuem.

- Mas por que ele lhe contou dos humanos, ela não é um anjo? Ela sabe!

- Não meu amor, como eu disse, ela não tinha contato com a nossa raça. Ela só ouvia falar. E como o anjo da guarda, ela se admirou com tudo que ele lhe contou sobre os humanos. E sempre que podia ele lhe contava mais. Até que ele se declarou para ela. Ela, como não sabia o que era sentimento, não poderia retribuir aquilo. O anjo da guarda ficou triste, muito triste por seu amor, nem ao menos saber o que era esse sentimento maravilhoso e ao mesmo tempo destruidor. Outros anjos souberam do amor que esse anjo nutria, e queriam lhe expulsar do céu.

- Mas pra onde o anjo iria mamãe?

- O ameaçaram, falaram para ele se livrar da doença se quisesse permanecer no céu, se viesse para a terra, iriam persegui-lo e matá-lo tantas vezes fosse para que se curasse da doença e pudesse voltar para o céu.

- E o que o anjo fez? – perguntou a menina com uma lágrima escorrendo de sua face.

- Só teria uma opção, se não poderia ficar nem no céu, e nem na terra, iria para o inferno.

- O inferno mamãe? – disse a menina chocada, caindo aos prantos e cobrindo os olhos com as pequenas mãos.

- Sim amor, ele foi pro inferno. Mas antes, ele reencontrou com a anjinha que permitiu que o sentimento nascesse nele, e lhe contou tudo, a ameaça, a sua decisão, e o seu amor eterno para com ela. Ela sem entender, argumentou todas as coisas que poderia, não queria perder um anjo para o inferno, e de certa forma, não queria perder esse determinado anjo.

- Ela foi com ele mamãe?

- Não, ela não trocaria o céu pelo inferno sem ao menos saber o por que. Ele lhe deu um beijo cheio de sentimentos, para ela foi um contato sem sentido, e estranho, porém quente.

- Ele a beijou mamãe?

- Sim, mas foi o selinho. Não aqueles beijos de novela.

- Que fofo mãe.

- Após isso, ele foi para o inferno. Um dos habitantes do inferno o havia oferecido um ‘lugar bom por lá’ se ele decidisse se juntar a eles, um mundo sem lei. E assim foi. Permaneceu no inferno por anos, ninguém sabe ao certo quanto tempo, pois o tempo lá é diferente do nosso.

- No inferno mãe?

- Tanto no céu, quanto no inferno.

- E o que aconteceu com a anjinha?

- Ela quis saber o que motivaria um anjo a largar tudo aquilo, por uma coisa chamada ‘amor’, ela achava isso absurdo demais, e queria entender melhor. Então, ela cometeu o primeiro delito, se aproximou dos humanos.

- É proibido mamãe?

- Ela era totalmente pura, uma ‘boneca’ perfeita, não tinha falhas, nem defeitos, coisas que os seres humanos tem de sobra. Para não se ‘contaminar’ era proibida de se aproximar.

- E eles a proibiram mamãe? A expulsaram também?

- Não, como ela era uma classe muito superior, somente Deus poderia impedi-la, porém ele nada fez.

- Ele não sabia que ela fazia isso?

- Sabia, ele sempre sabe de tudo, porém nada fez para impedir. Seus subordinados, como sempre andavam por perto, especialmente um, sempre ficava perto dela quando ela fazia essas loucuras de estudar os humanos.

- E o que aconteceu?

- Ela, como o anjo da guarda, se apaixonou pela forma como vivemos, amamos, sofremos, fazemos o que o nosso coração manda, e não somente o que nos é ordenado, podemos também negar uma ordem sem sofrer graves conseqüências depois, ela se apaixonou pelos humanos.

- Ela se apaixonou por um humano?

- Não, ela relembrava tudo o que aquele anjinho da guarda lhe contava, e ela passou a ver com seus próprios olhos que ele não mentia. E seu coração despertou. Ela se apaixonou pelo anjo caído, o anjo que caiu por amor a ela.

- E o que ela fez mãe?

- Ela fugiu do paraíso. Largou sua auréola, suas asas, sua graça, ela deixou de ser um anjo e caiu no meio dos humanos.

- E ele? – perguntou curiosa.

- Ele soube depois de um tempo que ela havia deixado de ser anjo, e que estava na terra. Ele como estava em uma terra sem lei, não sofreu conseqüências por deixar esse mundo para encarnar na terra.

- Ela sofreu mãe?

- Vou chegar lá. Ela encarnou na terra, e viveu como qualquer ser humano. Porém ela ainda tinha características de quando era um anjo. Sempre preocupada mais com o próximo do que consigo, não conseguia desobedecer ordens de seus superiores, no caso dos humanos, os pais, professores, diretores, pessoas mais velhas e mais experientes.

- Ela sabia que era um anjo mamãe?

- Não, até recordar de sua vida em forma de sonho.

- Mãe, essa anjinha é a menina da história?

- Sim, ela havia sido um anjo.

- Então ela ficou triste por não ter encontrado o seu amor?

- Não, pelo contrário. Ela ficou triste por tê-lo encontrado.

- Não entendi. – disse confusa.

- Como ela recobrou a consciência de anjo, o anjo que andara sempre com ela quando ela se aproximava dos humanos. Se reaproximou.

- Ele queria que ela voltasse a ser um anjo, era por isso.

- Sim e não. Ele a queria de volta no céu, afinal, ele não se apaixonou como os outros dois pelos seres humanos, para ele, somos repugnantes. Porém... ele se apaixonou por ela. Por aquele anjo caído.

- O que???

- E com raiva, por ela ter largado o céu, e ele, a amaldiçoou.

- Anjos podem fazer isso mãe?

- Sim filha, eles tem controle pelos humanos quando querem.

- Mas o que aconteceu?

- Ela não queria contar para o anjo da guarda que caiu por amor, que ele havia sido um anjo, ela queria protegê-lo.

- Proteger ele do que?

- O anjo a amaldiçoou, porém, como a amava, não iria machucá-la fisicamente. Mas o que mais poderia machucar uma pessoa que ama?

- Machucar a pessoa amada?

- Sim, ou ter que se afastar. Essas coisas podem machucar muito mais do que qualquer tortura física.

- Que anjo mau!! – disse emburrada.

- Ele não compreende a totalidade dos sentimentos, conheceu poucos, amor, ódio e vingança.

- Você ainda o defende mãe? – disse incrédula.

- Não somos Deus para julgar meu amor. Voltando a história, esse rapaz, que ela se apaixonou, era o mesmo rapaz que outrora foi um anjo. E para protegê-lo, se afastou, negando seu sentimento.

- Tadinha mãe.

- Ele deve ter sofrido mais, por não saber o motivo dessa inesperada separação. Eles estavam bem, e como da noite pro dia ela muda, ela se torna ausente e fria. Porém ao mesmo tempo seus olhos ardiam na mesma intensidade de antes.

- Mas mãe, ao menos ele não sabia de toda essa história triste, ela sofreu em silencio.

- Sim, porém não conseguiu manter segredo por muito tempo. Ele descobriu, não se sabe como, ele relembrou tudo.

- E o que aconteceu mãe?

- Ele estava disposto a ficar ao lado dela, não importando a maldição. Mas ela se negava, chorava, e fingia não sentir nada.

- Mas por que mãe? O amor dela era fraco a ponto de não querer passar por uma maldição?

- Amor.

- Não entendi.

- Ela o amava tanto, que sofreria sozinha, carregaria a maldição sozinha.

- E qual era a maldição mãe?

- Se eles se aproximassem, o rapaz seria morto por uma doença, e pelo fato de estarem próximos, mesmo como amigos, ele já sofria conseqüências da maldição, se eles se aproximassem mais, o rapaz não resistiria. Para vê-lo vivo, ela se afastou. E carregou a maldição. Sozinha.

- E ele?

- Ele não pode estar perto de alguém que se afasta. Ele, apesar de relutante, atendeu a seu pedido. Sofre, e carrega a própria maldição, que é estar longe da pessoa amada.

- Mas mãe, ainda não entendi o motivo de você chorar sempre quando está com isso. – disse apontando o objeto nas mãos fechadas de sua mãe.

- Isso me faz lembrar o que o rapaz disse para a menina.

- E o que foi mãe?

- Ele pegou uma foto, de uma estrela cadente. E pediu para que a menina fizesse um pedido e assoprasse dentro da caixinha de fósforo.

- Ela achou um tanto estúpido fazer o pedido para uma foto. Porém quando ela olhou para a foto, de fato seu coração respondeu em forma de pedido, e assim ela o fez. Pediu, assoprou, fechou e guardou. O menino disse para ela abrir quando quisesse que seu pedido fosse atendido.

- Por isso da caixinha de fósforo mamãe?

- Sim.

- Mas e a...

- Sim, essa metade de concha? – disse mostrando a metade de uma pequena concha que estava repousando em sua mão. – Ele carregava uma concha com ele, uma concha achada em beira de praia, ela possuía um furo no meio, e ele fez da concha seu cordão. Certo dia, essa concha partiu, ficando uma metade ainda presa ao cordão, e a outra metade solta. Ele deu a outra metade para a menina, e pediu para que sempre que fosse a praia, carregar a concha com ela, pois a concha sentia saudades de seu lar. E para que ela soubesse que sempre será a outra metade dele.

- Mãe...

- Antes que pergunte, eu achei essa história muito bonita, por isso carrego essa concha que eu mesma parti e essa caixa de fósforo.

- Mãe, a maldição nunca termina?

- Sim filha, quando a menina completar trinta anos, a maldição termina.

- Então eles ainda podem ser felizes?

- Só Deus sabe, porém a menina não tinha muitas esperanças.

- Por que?

- O menino não conseguiria esperar por tanto tempo, a saudade o consumiria antes disso.

- Mas ele pode resistir mãe!

- Ele chegará perto, porém só dependerá dele resistir ou não. Afinal, ambos sabiam, isso inclui o anjo que amaldiçoou, o limite imposto para o corpo ao qual o menino estava destinado.

- Limite?

- Sim, ele era dois anos e pouco mais novo que ela. E seu limite de idade... era aos 27 anos.

- Então eles nunca ficarão juntos... – disse a menina derrubando lágrimas silenciosas.

- Você não acredita em milagre?

- Deveria?

- Você é um milagre meu amor... – agora vá dormir pois acorda cedo amanhã.

- Mãe?

- Oi?

- Obrigada por ter deixado de ser um anjo, assim eu pude nascer.

A mãe sorriu.

- Mãe...

- Fala meu anjo.

- Eu não sou um anjo – disse emburrada – eu sou humana!

Sorriu novamente – diz meu docinho.

- O papai é o menino?

- Meu amor, isso ... só Deus sabe.

- Mas...

- Bons sonhos filha, eu te amo!

- Também te amo.

Após a mãe sair do quarto, a menina sentou na cama, e pegou a caixinha de fósforo com a concha dentro, e reparou que sua mãe já havia aberto a caixinha com o pedido despejado...será que se realizou?

A menina dormiu pensando na história, e sonhou... com um anjo.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

pq vc chora...?

- Mãe... por que você chora sempre que vê isso? - a voz fininha de uma menina linda soava como um cântico de anjos.
- Não é nada filha, não é nada. - respondeu a mãe surpresa enxugando as lágrimas de seu rosto, e virando para encarar a filha.

- Mãe, eu já sou bem grandinha! Pode me falar... o que aconteceu? – insistia a menina.

A mãe da bela criaturinha sorriu “Você é grandinha? Você tem cinco aninhos apenas meu amor” respondeu em um sorriso ainda molhado por lágrimas.

- Até quando irá me tratar como um bebê? – disse cruzando os braços e batendo um pé no chão firmemente, em forma de desaprovação.

- Você é nova demais ainda para essa história. Quem sabe quando foi mais velh...

- Mamãe, dizem que histórias são para crianças, e você diz que eu sou criança, história é história, independente de qualquer coisa. Então me conte!

A mãe a olhou surpresa, sua filha sempre foi muito esperta e muito inteligente para a idade, porém falava com tanta convicção e certeza como um adulto completamente maduro. – Se você quer tanto saber... Sente-se aqui que irei lhe contar. – e colocando-a em seu colo, narrou.

Estavam sentadas em uma cadeira confortável, com almofadas, no quintal de sua casa. Tal casa que não tinha muros na frente, apenas um jardim bem cuidado com uma estradinha de pedras bem desenhadas que davam para a calçada. A lua brilhava por cima de suas cabeças, cheia e grande, com várias estrelas a amostra, pareciam querer saber da tal história tanto quanto a menininha.

- Essa história começou a muitos anos atrás, e fala de um casal de adolescentes. Que na verdade, nada tinham de adolescente e tudo tinham.

- Não entendi mãe... como assim?

- A jovem adolescente era muito responsável com sua família, nessas horas ela era adulta. Com seus amigos era alegre e brincalhona, nunca demonstrava sofrimento, nem sequer chorava. Uma lágrima era raro ser visto, todos a viam como uma pessoa muito feliz, com os amigos ela era uma criança feliz. Com seus pensamentos, e consigo, ela era apenas uma adolescente.

- E o menino mamãe?

- Bem... o menino era mais rebelde, com a família ele era visto como uma criança mimada, encrenqueiro, brigão,a ovelha negra da família, porém se importava com todos eles em silencio, muitas vezes mal admitia isso para si mesmo. Com os amigos ele era maluco, aprontava e não se importava com as conseqüências, o assunto era sempre se divertir, não importava como, com os amigos ele era adolescente. Com ele mesmo, ele era adulto, porém se forçava a ser criança ou adolescente, não queria amadurecer.

- Entendi agora... e o que acontece?

- Eles se viam ocasionalmente, porém a menina não prestava atenção no menino, que por si, a olhava de relance... sem entender o motivo disso.

- Ele gostava dela mamãe?

- Sim meu doce, ele começou a sentir um amor platônico pela menina, e nem ele mesmo sabia disso. Porém seus amigos haviam reparado que ela fazia o tipo dele, e que ele a olhava de vez em quando e o encarnavam.

- Que maldade zombar dos sentimentos das pessoas. – disse a menina emburrando a cara.

- Sim filha, maldade. Porém os amigos não viam dessa forma. Afinal, paixonite de idade, é normal sentir e depois passar.

- Paixonite? O que é isso mãe? – disse a menina aliviando a expressão de raiva de seu rosto.

- Paixonite é um sentimento forte, que lembra o amor, porém é passageiro. Você ainda irá sentir muito isso meu doce.

- Não vou não! – disse enérgica e firme – Não quero sentir algo que passe...

- Mas isso não é uma escolha, apenas acontece meu amor.

- Mamãe, você já me ensinou que tudo o que fazemos é uma escolha, por que sentimento seria diferente?

- Por que é algo incontrolável... e o único que pode decidir isso, é o seu coraçãozinho.

- Eu troco ele! – disse emburrando novamente o rostinho delicado.

- Quem dera fosse assim meu docinho. Se assim fosse, o casal da nossa história ficaria bem.

- Continua com a história mamãe. – disse a menina se esquecendo do motivo que a emburrara.

- Ele a olhava secretamente, torcia para encontrá-la cada vez mais. E com o tempo, a menina passou a reparar nele, que ele sempre estava por perto e a olhava, porém nunca se falaram. Viveram dessa forma por um bom tempo, se comunicando sem palavras, apenas com olhares.

- Por que eles não se falavam?

- Ambos eram tímidos nesse sentido, e o menino já estava envolvido sentimentalmente e não queria assumir, tinha medo, receio de não ser recíproco, a menina apenas estava curiosa pelo garoto diferente que a olhava.

- E o que acontece mãe?

- Eles se afastaram, não por querer, mas por força do tempo. Eles não freqüentavam mais o mesmo lugar. Porém ambos tinham alguns amigos em comum, e de certa forma, as vezes se esbarravam, porém não mudava muito o que era antes.

- Esse é o final da história? – disse a menina zangada.

- Não meu amor, não chega nem a ser o início.

- Então continua mãããããe!!! – disse curiosa.

- Um certo dia, o menino esbarra com a menina, em um site bem popular,o orkut. E ela fala com ele como se fossem velhos amigos. Ele no início estranhou um pouco, porém se deixou levar pelo ar brincalhão da menina que fez seu coração balançar. Se tornaram amigos distantes, sempre se comunicavam pelo computador e nunca pessoalmente. Até que o menino decidiu se declarar para a menina, que até então não fazia idéia do sentimento que o consumia. A chamou para sair, iria ter um evento, no qual iria com uns amigos e a chamou para ir junto. Ela aceitou e foi com amigos dela também.

- E como foi o encontro mãe? – disse a menininha com os olhos brilhantes de excitação.

- Ela pulou nele como costumava fazer com seus amigos, ela o viu como um grande amigo, apesar de naquele momento ser o primeiro contato físico dos dois. Ele sorriu, e achou aquilo incrível, ficou tímido, e nada disse.

- Mas ele não ia se declarar pra ela mãe?

- Sim filha, mas faria isso na frente de todo mundo? Na frente dos amigos de ambos?

- É... mó mico!

- De onde você tirou esse termo mocinha? – disse a mãe fingindo aborrecimento.

- Ouvi você falando isso com uma amiga no telefone mãe, pensei que fosse quando alguém faz algo vergonhoso.

- E como deduziu isso?

- Ora mãe, você disse “Ele fez isso? Mó mico! Eu não teria coragem de fazer isso na frente de ninguém.” – disse teatralmente.

- E você decorou?

- Tenho boa memória.

- Ei, você fica prestando atenção nas minhas conversas é? – disse em tom de repreensão. Ao qual a menininha entendeu automaticamente.

- Mas continua a história mamãe do meu coração que eu tanto amo.

- Olha lá hein mocinha... – disse segurando o sorriso, para parecer séria em sua decisão. – Continuando, eles entraram no evento, e o menino ficou boa parte do tempo perto da menina, a fazendo companhia, tinha uma banda tocando, era um evento de rock.

- O que você escuta mãe?

- Sim, e que você fica pulando balançando a cabeça. – sorriu.

- Eu gosto de rock! – disse rindo entre as mãos.

- Nesse evento, ao som da banda, e os amigos desligados, pouco prestando atenção neles, o menino disse que gostava dela.

- E ai mãe? Eles ficaram juntos e felizes para sempre?

- Feliz para sempre só tem em contos de fada meu amor.

- Mas o que acontece? – disse, desabrochando o sorriso de seu rosto.

- A menina já estava dando a chance para um outro rapaz. E falou isso para o menino, disse que não poderiam ficar juntos, pois não seria justo com o outro menino. E ela também não acreditou muito no sentimento do rapaz maluco.

- Pior que ela não ta errada né mãe?

- Não, pois magoaria uma pessoa que nada tem a ver, não é?!

- Mas o que acontece? – disse tão baixinho, que a mãe percebeu que a filha não tava gostando do rumo da história.

- A menina acabou namorando com o rapaz que ela estava dando a chance.

- E o menino mãe?

- O menino com um pouco mais de tempo, também passou a namorar outra garota.

- E eles foram felizes assim?

- De certa forma. Nesse meio tempo eles se afastaram um pouco, se comunicando raramente, mas sempre muito amigos quando se falavam. A ponto de encarnarem um no outro sempre. Também viviam brigando por pouca coisa, mas sempre com um sorriso.

- E como se briga rindo mãe? – perguntou curiosa.

- Da mesma forma que o Spike briga com o Romeu. Brigam, mas andam sempre juntos, e nunca machucam de verdade o outro.

- Mãe, você ta usando nossos cachorros como exemplo -.-‘ – disse a menina franzindo a testa.

- Os animais também tem sentimentos filha.

- Mas compará-los a seres humanos?

- Por que não? Você acha que a raça humana é melhor ou superior as outras?

- Nós pensamos, e fazemos o que queremos, diferente deles que tem que seguir ordens e nos obedecer.

- Seu pai lhe disse isso?

- Ele disse que temos que impor ordem. – disse fraquinho, com medo de sua mãe lhe repreender. – Mas não só ele mamãe, muita gente diz isso, até na televisão.

- Filha, os seres humanos pensam e agem por impulso e egoísmo, e veja como o mundo está... preconceituoso e perigoso. Os seres humanos matam por vingança, por dinheiro, sempre pensando em si. Os animais matam somente para sobreviver e alimentar. Agora me responda... Quem é superior a quem?

- Desculpa mamãe...

- Não precisa se desculpar meu amor, você ainda não pôde conhecer o mundo como eu.

- Você é incrível mãe!! – disse abraçando- a fortemente.

- Sou apenas... humana. – disse como se recordasse de algo triste.

A menininha a olhou sem entender. “Mas continuando a história” disse a mãe sorrindo – Eles se afastaram, voltando a se comunicar apenas virtualmente. Com o tempo, o menino voltou a ficar sozinho, em seguida a menina. E voltaram a se comunicar sempre. E tentaram uma nova aproximação, ambos com pensamento na amizade.

- Viraram amigos mãe?

- Espera, que eu ainda chego lá... – sorriu – Quando se reencontraram, o menino sentiu seu coração balançar novamente, porém tentou refrear os sentimentos. Com o tempo e a convivência, seu sentimento do passado voltou mais forte do que nunca. E novamente cai o menino apaixonado pela menina dos seus sonhos. Ele descobre coisas da menina que mais ninguém sabia, segredos que nem sua mãe, nem suas melhores amigas sabiam. Um segredo que ambos tinham em comum.

- Que segredo mamãe?

- Meu amor... está tarde, e amanhã você tem colégio... vamos dormir, ok?

- A não mãe, me conta!!! – disse choramingando.

- Amor, já está bem tarde! Você não vai conseguir acordar amanhã desse jeito.

- Eu juro que vou mãe, eu juro que acordo! Me conta!

- Não da... vamos pra cama, mamãe promete te contar amanhã.

Sem ter mais como dialogar, com a mãe cabeça dura que tinha, a abraçou e se deixou ser carregada para seu quarto e posta em sua cama. O objeto que fazia sua mãe chorar sempre que o segurava, foi posto no seu lugar incomum de sempre, no quarto de sua filha.

- Mãe... Por que você guarda isso nessa caixa de fósforo? Por que não joga fora essa caixa?

- Não meu amor, por que isso me faz lembrar dessa triste história que lhe estou a contar.

- Mas mãe...

- Agora vamos dormir ok?

- Ok... – disse desgostosa - Boa noite mamãe. Te amo! – disse dando um beijo delicado na bochecha de sua mãe que estava agachada ao seu lado.

- Também te amo meu doce. – disse cobrindo-a e dando-lhe um beijo na testa – Bons sonhos.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Dedico a todos q amo...





Puede ser... que tenga que mirar atras
para saber... como caer en este lugar
y ahora que... si me perdí en medio mar
y me olvide... que es lo que tengo que buscar


Refrão:

En ti encontré la fe otra vez
y si mi vida está en pedazos
tal vez me ayudes a juntarlos

tengo que entender tambien...
que tu me estavas esperando
para completar tu espacio (por ti, vuelvo a vivir)
con tus pedazos entre tus manos (me ayudas a vivir)

Puede ser que esto no sea la eternidad
quien va a saber... si un día se tenga que acabar
almenos hoy, eres mi faro en este mar
y me haces ver... que ya no tengo que esperar

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Cigana


Cigana linda, Cigana feiticeira
das Rainhas a mais linda
Cigana faceira...

Caminha errante
Perdida na dança
caminhar elegante
Que me balança...

Cigana das 7 encruza
que enfeitiça e desgraça
Cigana menina
Cigana que mata

Com um punhal e uma rosa
ela caminha na estrada sem fim
vem pelo amor, ou pela guerra
ela decide o seu fim

Seu nome é um mistério
ao qual eu desvendei
e como recompensa
perdi tudo o que amei...