segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

pq vc chora...?

- Mãe... por que você chora sempre que vê isso? - a voz fininha de uma menina linda soava como um cântico de anjos.
- Não é nada filha, não é nada. - respondeu a mãe surpresa enxugando as lágrimas de seu rosto, e virando para encarar a filha.

- Mãe, eu já sou bem grandinha! Pode me falar... o que aconteceu? – insistia a menina.

A mãe da bela criaturinha sorriu “Você é grandinha? Você tem cinco aninhos apenas meu amor” respondeu em um sorriso ainda molhado por lágrimas.

- Até quando irá me tratar como um bebê? – disse cruzando os braços e batendo um pé no chão firmemente, em forma de desaprovação.

- Você é nova demais ainda para essa história. Quem sabe quando foi mais velh...

- Mamãe, dizem que histórias são para crianças, e você diz que eu sou criança, história é história, independente de qualquer coisa. Então me conte!

A mãe a olhou surpresa, sua filha sempre foi muito esperta e muito inteligente para a idade, porém falava com tanta convicção e certeza como um adulto completamente maduro. – Se você quer tanto saber... Sente-se aqui que irei lhe contar. – e colocando-a em seu colo, narrou.

Estavam sentadas em uma cadeira confortável, com almofadas, no quintal de sua casa. Tal casa que não tinha muros na frente, apenas um jardim bem cuidado com uma estradinha de pedras bem desenhadas que davam para a calçada. A lua brilhava por cima de suas cabeças, cheia e grande, com várias estrelas a amostra, pareciam querer saber da tal história tanto quanto a menininha.

- Essa história começou a muitos anos atrás, e fala de um casal de adolescentes. Que na verdade, nada tinham de adolescente e tudo tinham.

- Não entendi mãe... como assim?

- A jovem adolescente era muito responsável com sua família, nessas horas ela era adulta. Com seus amigos era alegre e brincalhona, nunca demonstrava sofrimento, nem sequer chorava. Uma lágrima era raro ser visto, todos a viam como uma pessoa muito feliz, com os amigos ela era uma criança feliz. Com seus pensamentos, e consigo, ela era apenas uma adolescente.

- E o menino mamãe?

- Bem... o menino era mais rebelde, com a família ele era visto como uma criança mimada, encrenqueiro, brigão,a ovelha negra da família, porém se importava com todos eles em silencio, muitas vezes mal admitia isso para si mesmo. Com os amigos ele era maluco, aprontava e não se importava com as conseqüências, o assunto era sempre se divertir, não importava como, com os amigos ele era adolescente. Com ele mesmo, ele era adulto, porém se forçava a ser criança ou adolescente, não queria amadurecer.

- Entendi agora... e o que acontece?

- Eles se viam ocasionalmente, porém a menina não prestava atenção no menino, que por si, a olhava de relance... sem entender o motivo disso.

- Ele gostava dela mamãe?

- Sim meu doce, ele começou a sentir um amor platônico pela menina, e nem ele mesmo sabia disso. Porém seus amigos haviam reparado que ela fazia o tipo dele, e que ele a olhava de vez em quando e o encarnavam.

- Que maldade zombar dos sentimentos das pessoas. – disse a menina emburrando a cara.

- Sim filha, maldade. Porém os amigos não viam dessa forma. Afinal, paixonite de idade, é normal sentir e depois passar.

- Paixonite? O que é isso mãe? – disse a menina aliviando a expressão de raiva de seu rosto.

- Paixonite é um sentimento forte, que lembra o amor, porém é passageiro. Você ainda irá sentir muito isso meu doce.

- Não vou não! – disse enérgica e firme – Não quero sentir algo que passe...

- Mas isso não é uma escolha, apenas acontece meu amor.

- Mamãe, você já me ensinou que tudo o que fazemos é uma escolha, por que sentimento seria diferente?

- Por que é algo incontrolável... e o único que pode decidir isso, é o seu coraçãozinho.

- Eu troco ele! – disse emburrando novamente o rostinho delicado.

- Quem dera fosse assim meu docinho. Se assim fosse, o casal da nossa história ficaria bem.

- Continua com a história mamãe. – disse a menina se esquecendo do motivo que a emburrara.

- Ele a olhava secretamente, torcia para encontrá-la cada vez mais. E com o tempo, a menina passou a reparar nele, que ele sempre estava por perto e a olhava, porém nunca se falaram. Viveram dessa forma por um bom tempo, se comunicando sem palavras, apenas com olhares.

- Por que eles não se falavam?

- Ambos eram tímidos nesse sentido, e o menino já estava envolvido sentimentalmente e não queria assumir, tinha medo, receio de não ser recíproco, a menina apenas estava curiosa pelo garoto diferente que a olhava.

- E o que acontece mãe?

- Eles se afastaram, não por querer, mas por força do tempo. Eles não freqüentavam mais o mesmo lugar. Porém ambos tinham alguns amigos em comum, e de certa forma, as vezes se esbarravam, porém não mudava muito o que era antes.

- Esse é o final da história? – disse a menina zangada.

- Não meu amor, não chega nem a ser o início.

- Então continua mãããããe!!! – disse curiosa.

- Um certo dia, o menino esbarra com a menina, em um site bem popular,o orkut. E ela fala com ele como se fossem velhos amigos. Ele no início estranhou um pouco, porém se deixou levar pelo ar brincalhão da menina que fez seu coração balançar. Se tornaram amigos distantes, sempre se comunicavam pelo computador e nunca pessoalmente. Até que o menino decidiu se declarar para a menina, que até então não fazia idéia do sentimento que o consumia. A chamou para sair, iria ter um evento, no qual iria com uns amigos e a chamou para ir junto. Ela aceitou e foi com amigos dela também.

- E como foi o encontro mãe? – disse a menininha com os olhos brilhantes de excitação.

- Ela pulou nele como costumava fazer com seus amigos, ela o viu como um grande amigo, apesar de naquele momento ser o primeiro contato físico dos dois. Ele sorriu, e achou aquilo incrível, ficou tímido, e nada disse.

- Mas ele não ia se declarar pra ela mãe?

- Sim filha, mas faria isso na frente de todo mundo? Na frente dos amigos de ambos?

- É... mó mico!

- De onde você tirou esse termo mocinha? – disse a mãe fingindo aborrecimento.

- Ouvi você falando isso com uma amiga no telefone mãe, pensei que fosse quando alguém faz algo vergonhoso.

- E como deduziu isso?

- Ora mãe, você disse “Ele fez isso? Mó mico! Eu não teria coragem de fazer isso na frente de ninguém.” – disse teatralmente.

- E você decorou?

- Tenho boa memória.

- Ei, você fica prestando atenção nas minhas conversas é? – disse em tom de repreensão. Ao qual a menininha entendeu automaticamente.

- Mas continua a história mamãe do meu coração que eu tanto amo.

- Olha lá hein mocinha... – disse segurando o sorriso, para parecer séria em sua decisão. – Continuando, eles entraram no evento, e o menino ficou boa parte do tempo perto da menina, a fazendo companhia, tinha uma banda tocando, era um evento de rock.

- O que você escuta mãe?

- Sim, e que você fica pulando balançando a cabeça. – sorriu.

- Eu gosto de rock! – disse rindo entre as mãos.

- Nesse evento, ao som da banda, e os amigos desligados, pouco prestando atenção neles, o menino disse que gostava dela.

- E ai mãe? Eles ficaram juntos e felizes para sempre?

- Feliz para sempre só tem em contos de fada meu amor.

- Mas o que acontece? – disse, desabrochando o sorriso de seu rosto.

- A menina já estava dando a chance para um outro rapaz. E falou isso para o menino, disse que não poderiam ficar juntos, pois não seria justo com o outro menino. E ela também não acreditou muito no sentimento do rapaz maluco.

- Pior que ela não ta errada né mãe?

- Não, pois magoaria uma pessoa que nada tem a ver, não é?!

- Mas o que acontece? – disse tão baixinho, que a mãe percebeu que a filha não tava gostando do rumo da história.

- A menina acabou namorando com o rapaz que ela estava dando a chance.

- E o menino mãe?

- O menino com um pouco mais de tempo, também passou a namorar outra garota.

- E eles foram felizes assim?

- De certa forma. Nesse meio tempo eles se afastaram um pouco, se comunicando raramente, mas sempre muito amigos quando se falavam. A ponto de encarnarem um no outro sempre. Também viviam brigando por pouca coisa, mas sempre com um sorriso.

- E como se briga rindo mãe? – perguntou curiosa.

- Da mesma forma que o Spike briga com o Romeu. Brigam, mas andam sempre juntos, e nunca machucam de verdade o outro.

- Mãe, você ta usando nossos cachorros como exemplo -.-‘ – disse a menina franzindo a testa.

- Os animais também tem sentimentos filha.

- Mas compará-los a seres humanos?

- Por que não? Você acha que a raça humana é melhor ou superior as outras?

- Nós pensamos, e fazemos o que queremos, diferente deles que tem que seguir ordens e nos obedecer.

- Seu pai lhe disse isso?

- Ele disse que temos que impor ordem. – disse fraquinho, com medo de sua mãe lhe repreender. – Mas não só ele mamãe, muita gente diz isso, até na televisão.

- Filha, os seres humanos pensam e agem por impulso e egoísmo, e veja como o mundo está... preconceituoso e perigoso. Os seres humanos matam por vingança, por dinheiro, sempre pensando em si. Os animais matam somente para sobreviver e alimentar. Agora me responda... Quem é superior a quem?

- Desculpa mamãe...

- Não precisa se desculpar meu amor, você ainda não pôde conhecer o mundo como eu.

- Você é incrível mãe!! – disse abraçando- a fortemente.

- Sou apenas... humana. – disse como se recordasse de algo triste.

A menininha a olhou sem entender. “Mas continuando a história” disse a mãe sorrindo – Eles se afastaram, voltando a se comunicar apenas virtualmente. Com o tempo, o menino voltou a ficar sozinho, em seguida a menina. E voltaram a se comunicar sempre. E tentaram uma nova aproximação, ambos com pensamento na amizade.

- Viraram amigos mãe?

- Espera, que eu ainda chego lá... – sorriu – Quando se reencontraram, o menino sentiu seu coração balançar novamente, porém tentou refrear os sentimentos. Com o tempo e a convivência, seu sentimento do passado voltou mais forte do que nunca. E novamente cai o menino apaixonado pela menina dos seus sonhos. Ele descobre coisas da menina que mais ninguém sabia, segredos que nem sua mãe, nem suas melhores amigas sabiam. Um segredo que ambos tinham em comum.

- Que segredo mamãe?

- Meu amor... está tarde, e amanhã você tem colégio... vamos dormir, ok?

- A não mãe, me conta!!! – disse choramingando.

- Amor, já está bem tarde! Você não vai conseguir acordar amanhã desse jeito.

- Eu juro que vou mãe, eu juro que acordo! Me conta!

- Não da... vamos pra cama, mamãe promete te contar amanhã.

Sem ter mais como dialogar, com a mãe cabeça dura que tinha, a abraçou e se deixou ser carregada para seu quarto e posta em sua cama. O objeto que fazia sua mãe chorar sempre que o segurava, foi posto no seu lugar incomum de sempre, no quarto de sua filha.

- Mãe... Por que você guarda isso nessa caixa de fósforo? Por que não joga fora essa caixa?

- Não meu amor, por que isso me faz lembrar dessa triste história que lhe estou a contar.

- Mas mãe...

- Agora vamos dormir ok?

- Ok... – disse desgostosa - Boa noite mamãe. Te amo! – disse dando um beijo delicado na bochecha de sua mãe que estava agachada ao seu lado.

- Também te amo meu doce. – disse cobrindo-a e dando-lhe um beijo na testa – Bons sonhos.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Dedico a todos q amo...





Puede ser... que tenga que mirar atras
para saber... como caer en este lugar
y ahora que... si me perdí en medio mar
y me olvide... que es lo que tengo que buscar


Refrão:

En ti encontré la fe otra vez
y si mi vida está en pedazos
tal vez me ayudes a juntarlos

tengo que entender tambien...
que tu me estavas esperando
para completar tu espacio (por ti, vuelvo a vivir)
con tus pedazos entre tus manos (me ayudas a vivir)

Puede ser que esto no sea la eternidad
quien va a saber... si un día se tenga que acabar
almenos hoy, eres mi faro en este mar
y me haces ver... que ya no tengo que esperar

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Cigana


Cigana linda, Cigana feiticeira
das Rainhas a mais linda
Cigana faceira...

Caminha errante
Perdida na dança
caminhar elegante
Que me balança...

Cigana das 7 encruza
que enfeitiça e desgraça
Cigana menina
Cigana que mata

Com um punhal e uma rosa
ela caminha na estrada sem fim
vem pelo amor, ou pela guerra
ela decide o seu fim

Seu nome é um mistério
ao qual eu desvendei
e como recompensa
perdi tudo o que amei...