terça-feira, 30 de março de 2010

A Moça e o Rapaz...

Uma moça era apaixonada por um Rapaz, que lhe dizia que seus sentimentos eram correspondidos com a mesma intensidade, ou até mais...

A moça se sentia sozinha, achava que o rapaz não gostava mais dela, afinal, ele não a procurava de nenhuma das formas... e quando ela o encontrava, ele lhe dizia que sentia sua falta e pedia para que ela não sumisse... mas a deixava em seguida para se encontrar com seus amigos...

A moça sentia falta do Rapaz, e o Rapaz sequer sabia...

A moça sempre teve muitos amigos, e após meses sem ver alguns, marcaram um encontro... porém apenas um dos amigos compareceu.
No meio do caminho para encontrar esse amigo, ela viu o Rapaz acompanhado de um amigo e duas garotas, a moça fingiu não ver e passou batido. Porém não passou batido do sentimento.

Seu amigo a esperava com um sorriso, e lhe deu um abraço caloroso, um tipo de abraço que ela não recebia a muito tempo. Ela ficou feliz por ele estar ali, ficou feliz por ele querer estar perto dela.
Eles conversaram, ele disse o motivo dos outros amigos não terem comparecido, a moça ficou triste, mas entendeu. Ela passou o dia se divertindo e rindo com o amigo, implicando um com o outro, e falando sobre sentimentos.
A moça já havia falado do Rapaz para o amigo, esse, apesar de não gostar muito de saber desse sentimento (pois gostava da moça), a ouvia e lhe dava conselhos.
A moça lhe contou que viu o Rapaz acompanhado de duas garotas e um garoto. O amigo lhe passou um dos braços sobre o ombro e disse que possivelmente eles não passavam de amigos, e que ela não pensasse besteira.

Após horas conversando e brincando, a moça decidiu mostrar um pouco de sua vida passada ao amigo. O levou para alguns lugares que ela frequentava com os amigos a um tempo atrás, e que sempre falava sentir falta. O amigo a acompanhou curioso e feliz por conhecer mais sobre a vida da moça...

A moça viu o Rapaz em um desses lugares que frequentavam, ela se conteve por alguns segundos, e puxou o amigo pelo braço sem falar nada para dar um abraço no Rapaz, soltou o amigo e pulou nos braços do Rapaz.
Este, que estava com os amigos, colocou suas mãos em sua cintura...e a afastou. A moça não entendeu a principio e perguntou o que ele tinha, se ele estava bem... e ela viu.
Os olhos do Rapaz estavam cheios de ódio, raiva, repulsa ...e nojo.
Ela então soltou seus braços de seu pescoço... e se afastou, seus olhos ardiam... mas nenhuma lágrima os contemplavam. Ela viu outro amigo... e puxou o que estava com ela na direção dele, este lhe tratou como sempre havia feito, mas a moça não estava ali, ela se perdeu nos olhos do rapaz... e a visão dele a olhando com tanta raiva, doía mais do que ela poderia imaginar um dia.
O segundo amigo a deixou com o amigo que já a acompanhava, julgando estar atrapalhando algo que poderia estar rolando.

O amigo, puxou assunto, conversou, tentando distraí-la, até que tocou no nome do Rapaz, e perguntou se aquele que a havia afastado era ele. Ela concordou.
O amigo pediu que ela lhe acompanhasse até o ponto, pois estava tarde e as conduções não demorariam muito a parar de passar. Ela foi, e continuava a sorrir para o amigo, este ficou triste, pois sabia que o sorriso dela não estava completo, não era falso, porém tampouco era caloroso.

Eles pararam no ponto, e ele a abraçou, apoiando a cabeça dela em seu ombro, e simplesmente lhe disse que tudo ficaria bem.
A moça não reparou que estava chorando, até que as mãos do amigo lhe tocassem o rosto, limpando cada gota salgada que trilhava caminho em seu rosto. Não deixando nenhuma gota cair no chão. Ela ficou ruborizada de vergonha, nunca havia chorado na frente de ninguém, ao menos raramente ela se deixava levar pelas lagrimas na presença de alguém.
O amigo a abraçou mais forte, e lhe disse que lágrimas são como a chuva, é linda, nem todos gostam, mas é sempre passageira.
A moça o abraçou forte e tentou esconder seu rosto em seu ombro.
Mas ele a afastou, conforme o rapaz havia feito pouco tempo antes, mas ao olhar para ele, suas lágrimas secaram, ele a olhava com compaixão e um sorriso caloroso estampado no rosto, lhe disse "Não tenha vergonha de sentir, a dor é tão linda quanto a felicidade, e não se preocupe, enquanto eu estiver aqui, não deixarei nenhuma lágrima cair." e a aconchegou em seus braços novamente.

A moça não chorou mais naquela noite, se sentia estranhamente em casa e segura, como não se sentia a meses.
Seu amigo dançou com ela... mesmo sem ter música...
A fez sorrir, e não largou sua mão nem por um segundo.

As conduções que o amigo deveria pegar, estavam se esgotando... demoravam a passar, e eles perceberam que horas eram, e que ele deveria ir embora.
A moça não queria largar ele... não queria voltar a realidade... não queria lembrar do rapaz...
Então o amigo fez sinal para um ônibus, e quando o ônibus se aproximou do meio fio para que ele entrasse... o amigo a beijou. E sussurrou em seu ouvido "Eu jamais deixarei você, e tampouco te quero longe de mim...Eu te amo!"

Lhe abraçando a ponto de lhe tirar os pés do chão e lhe dando um beijo na testa, o amigo entrou no ônibus... e correu para os fundos, para vê-la olhando paralisada para ele pela Janela. E lhe fez um gesto com as mãos que lhe trouxe para a vida real, ele desenhou um coração, e sorriu...até que saiu de sua visão.

A Moça retornou a realidade, seus olhos não tinham mais lágrima, e ela sorriu... E decidiu nunca mais chorar por ninguém que não a quer por perto...

O Rapaz?
Ele lhe pediu desculpas...
Mas quando as lágrimas são derramadas, para a moça já é tarde demais...

segunda-feira, 22 de março de 2010

Idiota...

Só os idiotas acreditam em sentimento eterno...

...to cansada de ser idiota =/